Com cerca de 40 pessoas, os manifestantes que vem realizando atos de protesto em Mauá conseguiram, na terceira ação do tipo na cidade, o seu objetivo: cobrar publicamente o prefeito Donisete Braga (PT).

Ontem, o grupo trocou as caminhadas por pontos estratégicos da cidade e o fechamento de avenidas e ruas para se dirigir até escola da Vila Bocaina onde era realizada uma plenária do PPA (Plano Plurianual) mauaense para definir diretrizes do Orçamento municipal entre 2014 e 2017 de acordo com as sugestões dos moradores.

Todo o secretariado estava presente. A princípio, quando o grupo chegou, por volta das 19h30, o responsável pela Pasta de Relações Institucionais, Rômulo Fernandes, sugeriu que comitiva de seis pessoas entrassem e fizessem suas reivindicações a Donisete. Mas a proposta foi negada e todos tiveram sua entrada permitida.

O grande aparato policial usado ontem, até pelos conflitos registrados anteriormente na cidade, foi desnecessário, até mesmo quando o prefeito apareceu. Primeiro, quando foi falar, Braga foi vaiado e recebido de costas pelos manifestantes.

“Entendo vocês, já fiz muitas manifestações”, justificou o prefeito. “Vamos abrir a caixa do transporte coletivo da cidade”, prometeu, diante dos pedidos para redução da tarifa aquém dos R$ 3 atuais.

Donisete sugeriu aos manifestantes que montem comissão permanente de seis pessoas para discutir os problemas do transporte coletivo mauaense. Eles participariam constantemente de reuniões de planejamento e gastos relacionados ao assunto.

Os únicos momentos de atrito foram troca de ofensas entre manifestantes e partidários do prefeito. O grupo prometeu realizar outra manifestação caso não receba os dados sobre os ônibus na cidade até a próxima quinta-feira.