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Travessa de Rio Grande coleciona problemas
Por Bruno Ribeiro
Especial para o Diário
14/09/2005 | 08:31
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O calçamento da travessa Brasilino Lima Pinto, usada por pedestres e ciclistas de diversos bairros de Rio Grande da Serra para chegar à estação de trem da cidade, parece uma pista de obstáculos. Os pedestres testam o equilíbrio ao passar por uma ponte sem proteção nas laterais; se arriscam ao passar por um trecho de mato alto; atravessam um trecho esburacado do concreto; e, por último, são obrigados a pular enormes poças d‘água em dias de chuva se quiserem entrar em uma das lojas da rua. Os moradores dizem que a série de problemas é resultado de falta de manutenção na travessa, que foi capeada com concreto pela Prefeitura em maio do ano passado.

Neste trecho que recentemente recebeu concreto, é proibido o tráfego de carros e motos. A via liga a Vila Conde à estação e é usada também por moradores da Vila Nívea e dos bairros da Pedreira, Suzuki e Recanto das Flores. A travessa tem ma pista de aproximadamente dois metros e meio de largura por cerca de um quilômetro de extensão.

“É perigoso passar aqui. O mato alto na lateral da pista vira abrigo para assaltantes. Mesmo com boa iluminação da travessa, dá medo passar a noite”, conta a dona-de-casa Josefa Silva, moradora do bairro Suzuki. Alguns moradores dizem que os assaltantes se escondem embaixo da ponte sobre um riacho.

A ponte sem qualquer proteção nas laterais é outra reclamação dos moradores. Há apenas restos de um muro desmoronado. Quem passa por ali diz que o muro de concreto não seria a solução para o problema, já que assaltantes poderiam se esconder atrás da proteção. “A solução aqui seria a colocação de uma grade. Impediria que bandidos se escondessem, e protegeria as pessoas, principalmente as crianças, de uma queda”, diz o aposentado José Lino, morador da Pedreira.

Próximo à linha do trem, uma tela de ferro usada no calçamento da via se torceu e saltou para fora, formando uma cratera na pista. Os ciclistas são os mais prejudicados com o problema.

Perto dali, a reclamação é com a falta de escoamento adequado de água da chuvas. “Não tem boca-de-lobo nem valeta. A água entra na casa do vizinho e escorre para minha loja, inundando tudo. Fica um lamaçal”, diz a comerciante Joana Lopez, que mora e tem uma venda no fim da travessa.

A Prefeitura de Rio Grande da Serra disse que enviará uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos para realizar os serviços de manutenção necessários na travessa. Segundo a Prefeitura, ainda nesta semana o mato será carpido, e num prazo de até 15 dias os problemas do asfalto cedendo e da falta de saídas para o escoamento de água serão solucionados. Sobre a ponte, a Prefeitura diz que providenciará uma solução provisória também em 15 dias.




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