O presidente russo manifestou a esperança de que a maioria parlamentar de que agora goza Chirac, depois de cinco anos de coexistência com os socialistas, "permita reforçar as relações com a Rússia".

Esta aproximação nas relações russo-francesas contrasta com os difíceis primeiros meses que as caracterizam, quando Putin chegou ao poder no início de 2000. Putin, criticado na França pela guerra na Chechênia, só visitou Paris em outubro de 2000, depois de reforçar os laços de amizade com o chanceler alemão Gerhard Schroeder e o primeiro-ministro Tony Blair.

Putin decidiu depois concentrar seus esforços em uma aproximação russo-americana depois dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, conseguindo estabelecer com o presidente George W. Bush o que ainda não conseguiu fazer com Chirac.

Nestas condições, a breve cúpula de Sotchi não tem outro objetivo senão "tirar as relações franco-russas da estagnação", segundo os analistas.

Além das relações bilaterais, Putin renovará seu pedido de ajuda para resolver a divergência existente em torno de Kaliningrado, encrave russo com cerca de um milhão de habitantes, situado entre a Polônia e a Lituânia.

A Rússia se opõe firmemente ao estabelecimento de um regime de vistos para seus cidadãos da região de Kaliningrado, que logo estará rodeada por países pertencentes à UE depois da adesão da Polônia e da Lituânia.