O prefeito de São Caetano, Luiz Tortorello, é o quinto do Grande ABC a morrer durante o exercício do mandato.

Lauro Gomes de Almeida (PTB), que já tinha sido prefeito de São Bernardo de 1960 a 1963, foi eleito administrador de Santo André, mas não conseguiu chegar ao fim do primeiro ano de mandato na cidade e faleceu vítima de um ataque cardíaco em maio de 1964.

Cido Franco (PTB), de Rio Grande da Serra, foi outro que não chegou ao fim do governo frente ao comando da cidade. No dia 15 de março de 1997, teve um enfarte e faleceu deixando a Prefeitura para o vice José Carlos de Arruda (PRP).

Conhecida pelos acontecimentos pitorescos, a cidade registrou nesta época o lado trágico destes episódios. Em março de 1998, Arruda foi assassinado com cinco tiros.

Quatro anos depois, três políticos foram acusados de serem os mandantes do assassinato de Arruda. O ex-vereador Valdir Mitterstein foi o único condenado pelo crime e recebeu uma pena de 19 anos de prisão.

Devido ao imbróglio jurídico provocado pelas mortes sucessivas e pelo ineditismo do caso, a cidade teve oito prefeitos só naquele mandato.

Em janeiro de 2002, foi a vez de Santo André chorar a morte de seu prefeito. O petista Celso Daniel, pela segunda vez no comando da cidade, foi seqüestrado e morto. O seqüestro aconteceu quando Celso voltava de um jantar em São Paulo. O corpo do prefeito foi achado por José Carlos de Souza, caseiro de uma chácara na região de Juquitiba.

Apesar de as investigações policiais terem chegado à conclusão de que se tratou de um crime comum, a população andreense e familiares do prefeito não se contentaram com o esclarecimento oficial e ainda esperam por outro desfecho.