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Prédio inacabado em S.Bernardo dará lugar a Hospital da Mulher

Estrutura antes cedida ao Imasf, no Nova Petrópolis, receberá serviços do HMU, no Rudge Ramos

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
15/12/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A Prefeitura de São Bernardo iniciou, ontem, processo para transformar esqueleto de prédio abandonado em terreno no bairro Nova Petrópolis, área nobre da cidade, no Hospital da Mulher. A expectativa é a de que o equipamento de Saúde seja inaugurado no fim de 2020, mesmo ano em que está prevista a entrega do Hospital de Urgência – que substituirá o PS (Pronto-Socorro) Central, no Centro.

Conforme o prefeito Orlando Morando (PSDB), a expectativa é a de que o projeto executivo da unidade hospitalar – cuja autorização para início foi assinada ontem – fique pronto daqui sete meses, quando será aberta licitação para dar destinação adequada à área de 14,92 mil m². “A previsão é que a obra custe R$ 45 milhões, verba proveniente de financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), entre construção e compra de equipamentos”, destaca.

Para tirar o projeto do papel, o primeiro passo da administração foi oficializar a retomada de terreno e estrutura de prédio, localizados na Rua Dom Luís, 201, cedidos ao Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo) em 2014, na gestão Luiz Marinho (PT), pelo valor de R$ 28 milhões. “Vamos dar uma destinação a um esqueleto de prédio abandonado e, com isso, dar atendimento melhor e mais moderno à população”, promete Morando.

Depois de pronto, o Hospital da Mulher irá incorporar o atendimento realizado no HMU (Hospital Municipal Universitário), no Rudge Ramos, voltado exclusivamente ao cuidado materno-infantil e à saúde da mulher. A medida permitirá a ampliação dos atuais 128 leitos para 150 e também a criação de serviços hoje não ofertados no local, como tomografia, mamografia e ecocardiograma.

“O HMU funciona em um prédio próprio, mas velho e que precisaria ser ampliado. Ao invés disso, decidimos transferir o atendimento para espaço mais amplo”, observa o prefeito. Segundo ele, a nova vocação da unidade do bairro Rudge Ramos ainda será estudada. “Pode continuar servindo à Saúde ou não”, diz Morando. O HMU realiza, em média, 7.800 consultas, 579 procedimentos cirúrgicos e 430 partos por mês. O equipamento de Saúde conta ainda com 1.000 funcionários, sendo 890 diretos e 110 indiretos.

 

HOSPITAL DE URGÊNCIA

A obra do Hospital de Urgência de São Bernardo está com 70% concluída. A meta da Prefeitura é a de que o equipamento, de 21 mil m², esteja em funcionamento no primeiro trimestre de 2020. Entre atendimento adulto e infantil, o complexo hospitalar terá 250 leitos – 143 a mais do que o total disponibilizado atualmente. O investimento no hospital é de R$ 107,9 milhões, sendo 70% provenientes do BID.

 

Prefeitura executa plano para tirar Imasf de grave crise financeira

 

Entrou em vigor neste mês plano da administração do prefeito Orlando Morando (PSDB) para reequilibrar as contas do Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo) e tirar a autarquia de São Bernardo de crise financeira, intensificada na gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT).

Atualmente, a administração direta e demais setores da gestão indireta – fundações, autarquias e Câmara – contribuem com 4% da folha de pagamento para o instituto. Esse índice passará de 4,3% a 6%.

As medidas asseguram o restabelecimento financeiro do Imasf e a cobertura de rombo de R$ 9 milhões na conta da autarquia. Conforme o governo, a partir de janeiro, quando a política entrará em vigor, o descompasso fiscal será sanado.

Relatório de CPI realizada pela Câmara apontou que o Imasf deixou de ser superavitário para acumular passivo de R$ 100 milhões.

Criado em 1964, o Imasf atende 20 mil pessoas, entre servidores da ativa, ex-funcionários, aposentados, pensionistas e dependentes.   




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