Bastante cabisbaixo, o técnico argentino Diego Maradona ainda tenta justificar a derrota por 3 a 1 para o Brasil, sábado, em pleno Estádio Gigante de Arroyito, em Rosário, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo da África do Sul.

Resignado, o treinador argentino afirmou que pretende permanecer como treinador da seleção. "Não penso em deixar o cargo. Se tivesse medo, nem sairia de casa", ponderou.

Após transferir a partida de Buenos Aires para o caldeirão de Rosário e com isso aumentar a pressão sobre os brasileiros, o treinador argentino engoliu seco a derrota para o maior rival. De quebra, ainda viu a situação de seu país se complicar na luta por uma vaga no Mundial.

Sem ter muito o que falar, reconheceu a superioridade brasileira, mas garantiu não estar envergonhado pelo revés.

"É difícil buscar o resultado contra um time como o Brasil, que toca bem a bola e tem grandes jogadores. Não me queixo dos meus jogadores. Marcaram o Messi muito bem, e isso anulou boa parte de nosso plano tático. Mas não estou chateado. Fiquei assim contra a Bolívia (derrota por 6 a 1). Contra os brasileiros, fizemos o melhor. Infelizmente, não foi suficiente", disse.

Na avaliação de Maradona, no entanto, a Argentina foi superior até o Brasil abrir o placar, com Luisão, aos 24 minutos do primeiro tempo. "Em 25 minutos fizemos ótima partida, com a marcação encaixada de forma eficiente. Tanto que o (meia) Kaká não estava jogando, e o (atacante) Luís Fabiano estava totalmente controlado".

Com 22 pontos, a Argentina ocupa a quarta colocação nas eliminatórias e encara o Paraguai, em Assunção, na quarta-feira, às 20h. Em caso de derrota, o time portenho pode ser superado por Colômbia e Equador, e corre risco até mesmo de chegar à penúltima rodada fora da zona de classificação para o Mundial e da repescagem.

ATÉ A PRÓXIMA? - Famoso pelas manchetes provocativas com a Seleção Brasileira, o site do jornal esportivo argentino Olé! desta vez não poupou o time de Maradona do vexame de sábado em Rosário.

Logo na chamada principal, a frase Até a próxima? já mostrava o caráter pessimista com a seleção. Em seguida, um trocadilho venenoso com um famoso ditado popular: ‘a esperança é a primeira que se perde'.