No Brasil, A3 já foi sinônimo de Audi. Pudera. Fabricado em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba, no Paraná), chegou perto de vender 10 mil unidades por ano. Com o fim da produção nacional, houve certo desencantamento com o hatchback. Importado, voltou a ser nicho de mercado - foram emplacados 703 em 2009. Mas os consumidores que um dia dirigiram o modelo nacional se surpreenderiam caso pudessem acompanhar a evolução do A3.
Embora tenha acabamento até certo ponto austero, a esportividade tira o fôlego na versão Sport, de duas portas, branca - cor que está voltando a ser tendência mundial em automóveis de luxo. Por uma semana, o Diário teve a oportunidade de testar o modelo. Todas os comentários favoráveis que o veículo vem arrancando da crítica especializada - nacional e estrangeira - têm partida no ajustadíssimo conjunto câmbio-motor, comprovando a superação da empresa de quarto argolas, que se propôs o desafio de produzir bólidos esportivos de alto nível.
Combinado com caixa automática de seis velocidades, de embreagem dupla, o motor 2.0 turbo 16V FSI entrega impressionantes 200 cavalos. A força chega a ser descomunal para quem está acostumado a outros modelos de quatro cilindros. O A3 Sport tem excelente resposta em retomadas, mesmo em velocidades altas. Sem a menor perda de estabilidade, não há autocontrole que faça resistir às acelerações.
De acordo com medições da própria Audi, o modelo faz de 0 a 100 km/h em e 6,8 segundos. A velocidade máxima é de 238 km/h. Os 200 cavalos são atingidos a 5.100 rpm. Já o torque é de 28,5 mkgf entre 1.800 e 5.000 giros.
Certeiro também é o câmbio S Tronic de dupla embreagem. A direção torna-se divertida com a troca de marchas por meio das borboletas instaladas atrás do volante - de empunhadura prática e confortável. Enquanto uma das marchas está em uso, a seguinte fica pré-engatada. A troca de uma para outra leva dois centésimos de segundo - mais rápido que uma piscadela.
Entre os vários itens que reforçam a agressividade do A3 Sport está o launch control ou controle de largada. Similar ao recurso empregado nos carros de corrida, o sistema estabiliza a aceleração nas arrancadas e impede perda de tração - o modelo tem tração dianteira.
A caixa de direção eletromecânica também facilita a condução. Conectada a sensores de torção, conta com motor elétrico que amplia o grau de precisão, corrigindo a retomada da trajetória em saídas de curva. O sistema também auxilia a direção em caso de perda de aderência.
Oferecido por R$ 110 mil, o A3 Sport vem com assentos em tecido e forração nos acabamentos de coluna e teto. Embora seja simplista, isso não o exclui da categoria de modelos premium. O preço é, até certo ponto, aposta da Audi em reconquistar parte do seu público e disputar vendas com rivais, como o BMW série 1, que tem versão nesta faixa.
Com air bags frontais e laterais, ainda oferece teto solar de série, assim como ar-condicionado de duas zonas, faróis de xênon, rodas de liga leve aro 17 com pneus 245/45, ABS e ESP, entre outros. Com mais R$ 2.000, é possível forrar os assentos com couro, material mais apropriado ao estilo do veículo.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.