Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) ouviram novamente nesta segunda-feira os depoimentos dos filhos do coronel Ubiratan Guimarães, morto no dia 9 em seu apartamento nos Jardins, Zona Sul de São Paulo. Os ex-assessores parlamentares de Ubiratan também foram ouvidos.

Na semana passada, o delegado Armando Oliveira da Costa Filho, do DHPP, confirmou que a polícia está próxima de esclarecer o crime, mas não deu maiores detalhes porque a Justiça de São Paulo decretou segredo nas investigações.

Duas operadoras de celular ainda não enviaram relatórios das chamadas dos envolvidos no crime, o que impossibilita o cruzamento das ligações. Enquanto isso, policiais, integrantes do Ministério Público e do Instituto de Criminalística se reuniram para fazer um levantamento das provas já colhidas.

Ubiratan Guimarães ficou conhecido por comandar, em 1992, a operação na Casa de Detenção de São Paulo que resultou na morte de 111 presos, no episódio que ficou conhecido como o massacre do Carandiru. Em 2001, o coronel chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pelas mortes, mas no começo deste ano o Tribunal de Justiça paulista anulou o julgamento e o absolveu.