A inflação medida pelo IGP-10 acelerou em junho e subiu 1,30% após avançar 1,11% em maio, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). Esse percentual foi o maior já registrado nesse tipo de indicador desde julho de 2008, quando apresentou elevação de 2%. Mas não surpreendeu o mercado financeiro, uma vez que o resultado ficou dentro das previsões dos analistas, que esperavam alta entre 1,20% e 2,05%.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de junho, o IPA - 10 (Índice de Preços por Atacado) teve alta de 1,68%, após subir 1,34% em maio. Por sua vez, o IPC - 10 (Índice de Preços ao Consumidor) apresentou deflação de 0,01% em junho, em comparação com a alta de 0,64% no quinto mês do ano. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve taxa positiva de 2,01% , em comparação com o aumento de 0,77% em maio. Até junho, o índice acumula altas de 5,55% no ano e de 5,03% em 12 meses.

Segundo a FGV, os preços dos produtos industriais subiram 2,23% no atacado em junho, ante aumento de 1,24% em maio. Os valores dos itens agrícolas caíram 0,04% no atacado, após subirem 1,65% em maio. Ao detalhar a movimentação de preços por estágios da produção, a FGV informou que os bens finais tiveram queda de 0,62% neste mês, em comparação com a alta de 0,35% apurada em maio.

Já os itens intermediários no atacado subiram 0,84% em junho, em comparação com o aumento de 0,75% no mês passado. As matérias-primas brutas no atacado subiram 6,38% em junho, após avançarem 3,82% em maio.

No varejo, o IPC-10 acumula altas de 3,89% no ano e de 5,06% em 12 meses até junho. O IPC-10, que representa a evolução de preços varejistas, significa 30% do total do IGP. De acordo com a instituição, o retorno à deflação do IPC-10, de maio para junho (de 0,64% para -0,01%, foi causado pela queda nos preços dos alimentos.