Economia Titulo
Metalúrgicos da região fazem assembleia para decidir campanha
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
04/09/2010 | 07:06
Compartilhar notícia


Metalúrgicos do Grande ABC votam hoje, em São Bernardo, propostas feitas pelas bancadas patronais. Ontem, a FEM-CUT (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/São Paulo) se reuniu com os representantes das montadoras para discutir o reajuste salarial deste ano.

O presidente da FEM-CUT Valmir Marques, o Biro Biro, não quis adiantar (ontem) qual o índice de reajuste proposto pelas montadoras.

Conforme o Diário antecipou, em matéria publicada no início de agosto, o reajuste salarial deste ano para a categoria ficaria em torno de 7%. Porém, até o momento, a Federação recusou todas as propostas feitas pelas bancadas patronais dos diferentes setores (grupo 3 - 7%; grupo 10 - 5%; grupo 8 - 5%; grupo 2 - 6,53% e Fundição - 6,53%).

As negociações já completam um mês, e a data-base da categoria é 1º de setembro. Dentre as cláusulas sociais, a entidade sindical firmou acordo com a bancada da fundição e com o grupo 3 para ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses
"Nossa categoria tem experiência nessas negociações. No entanto, qualquer que seja o cenário econômico (em crise ou não), discutir reajuste salarial não é tarefa fácil", afirma Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Segundo ele, as mobilizações que estão sendo feitas pela categoria ‘esquentam' as negociações. Ontem (sexta-feira), o sindicato realizou paralisações e atos em seis fábricas da base.

MANIFESTOS
Desde segunda-feira (30), foram realizadas mobilizações na Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford, Dura, Masaflex, Affinia, Wop, Dana Nakata, Delga, Arteb, Galvanoplastia Anchieta, Irmãos Parasmo, Polyron, Toledo, Incodiesel, Sogefi, Fiamm e Unitec - por meio do Sindicato da região.

Na Volkswagen, Ford e a Scania os atos tiveram a participação dos trabalhadores mensalistas (do setor administrativo). Além da pauta, eles reivindicam fim do teto para aplicação do reajuste salarial.

PAUTA
As principais reivindicações dos metalúrgicos da base cutista são pela reposição integral da inflação; aumento real; jornada de 40 horas semanais, sem redução nos salários e licença-maternidade de 180 dias.

Base cutista reúne 250 mil trabalhadores no Estado de SP

A FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/São Paulo)tem 12 sindicatos metalúrgicos filiados em todo o Estado e é a interlocutora dos trabalhadores nas negociações da campanha salarial com as bancadas patronais.

A Federação negocia com seis bancadas: montadoras (representada pelo Sinfavea - Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), grupo 2 (máquinas e eletrônicos), grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos), grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários, entre outros); grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico, entre outros) e Fundição.

Estão na base da federação cutista cerca de 250 mil metalúrgicos e metalúrgicas em todo o Estado de São Paulo.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;