Antigas bases da PM (Polícia Militar) e GCM (Guarda Civil Municipal) seguem abandonadas em Santo André, uma delas, inclusive, servindo de lar para moradores de rua. Elas estão localizadas próximo ao bairro Sacadura Cabral e no fim da Avenida do Oratório, na divisa com Mauá.

O feirante Marcos Freire, 33 anos, trabalha há cinco anos próximo à base comunitária da Oratório, que está ocupada pelos moradores de rua e funcionava com a GCM. Freire disse que se sente inseguro. “Quando funcionava era bom, mas agora tem muito assalto aqui.” Ele cita que o local virou uma pequena cracolândia devido à concentração de usuários de drogas.

Na base próxima à Sacadura Cabral, que era da PM, há depredação e pichações. A costureira Angelina Nunes de Oliveira, 62, falou que prefere que no local funcione um Cras (Centro de Referência de Assistência Social), conforme foi anunciado no passado pela Prefeitura. “Acredito que seria mais útil, já que atenderia o lado social do bairro.”

A cabeleireira Kelly Simone de Oliveira, 46, acredita que o espaço poderia ser mais bem aproveitado. “Já que não tem guardas, que transformem em uma praça.”

Por meio de nota, a PM informou que a base próxima à Sacadura Cabral deixou de atender às necessidades da comunidade local, já que ficou isolada após as obras da Nova Lions. Ainda conforme a corporação, o policiamento não deixou de ser atuante, porém, fotógrafo do Diário foi roubado próximo ao local neste ano.

Referente à Rua Oratório, o posto da GCM deixou de ser utilizado em 2001. Procurada, a Prefeitura informou que as bases existentes nos dois locais foram implantadas para atender uma necessidade da época. No entanto, devido às transformações urbanas, perderam suas funções operacionais.

A base da Avenida do Oratório foi substituída por sistemas de monitoramento. Quanto à base próxima à Sacadura Cabral, ainda há projeto para construção do Cras, porém, não foram informados prazos.