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PSDB regional vai apoiar tucanos forasteiros

Sem saída, coordenador Canuto alega que não dá para ‘salvar a pátria’ neste ano

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
18/01/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O PSDB do Grande ABC seguirá linha apequenada na eleição de outubro, lançando poucas opções para a eleição proporcional. Paradoxalmente ao panorama nacional, o tucanato sinaliza abertamente apoio, em sua maioria, a candidaturas de fora dos limites das sete cidades, o que contraria a estratégia partidária em outros locais. Na esfera regional, a sigla trabalha para efetivar a empreitada de quatro nomes, embora o número pode ser reduzido pela metade no decorrer do processo pré-campanha.

De modo concreto, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) é o único que tem projeto consolidado para entrar no páreo, quando concorrerá à reeleição. Os demais quadros cotados, como Admir Ferro, Cézar de Carvalho, Beto Vidoski e José Dourado, podem ficar pelo caminho. Nenhum deles possui definição sobre o caso. Diretor da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), Admir é quem tem – dentro dessa lista – a maior probabilidade de sair candidato ao Parlamento.

Esses nomes são correlacionados internamente no tucanato. Em contrapartida, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), retirou o seu líder de governo do levantamento. “Já conversei com o Zé Dourado e definimos que ele não será candidato. O governo vai apoiar outros nomes, como o do Orlando, a Regina (Gonçalves, PV) e Ramalho (da Construção, PSDB)”, alegou o verde. Os diretórios de Mauá, Ribeirão e Rio Grande da Serra não devem alçar nomes. A executiva de Santo André está sendo pressionada.

O coordenador regional do PSDB, Márcio Canuto, admite baixa expectativa em elevar a quantidade de candidaturas. Segundo o tucano, existe tratativas de aderir a projetos de “aliados” devido às retraídas alternativas factíveis. “Faltou trabalho de correr atrás de lideranças. Poderíamos realmente ter mais nomes (na disputa), mas, agora, não dá mais tempo para isso”, afirma o dirigente do diretório de Mauá, que assumiu o posto do bloco em outubro. “Estamos nos movimentando. Não dá para salvar a pátria.”

Canuto jogou indiretamente a responsabilidade ao deputado federal William Dib (PSDB), seu antecessor no cargo, que já anunciou que não tentará renovar o mandato no Congresso Nacional. À frente da coordenadoria na eleição de 2012, o ex-prefeito de São Bernardo não obteve bons resultados. Sacramentou candidatura majoritária em apenas três cidades (Diadema, Mauá e Rio Grande da Serra). Saldo: garantiu vitória somente com Gabriel Maranhão – em projeto de continuidade – na menor cidade da região.

“Não adianta falar em dez (candidaturas) e depois, na hora das convenções (partidárias), as coisas não se confirmarem”, concluiu Canuto.

No mesmo pleito, a legenda teve a diminuição de três cadeiras nas Câmaras, passando de 12 vagas legislativas em 2008 para nove na última eleição municipal. O coordenador fala em buscar encontro entre lideranças em fevereiro para aparar arestas anteriores ao processo. Ele articula firmar oposição aos governos petistas.




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