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Planalto lança campanha para ‘resgatar’ presidente
05/01/2006 | 08:31
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Na ofensiva do ano eleitoral, o Palácio do Planalto deu início a uma forte campanha publicitária sobre as realizações do governo federal em cinco dos seis Estados mais populosos e no Distrito Federal. A propaganda será levada para os Estados onde há virtuais candidatos a presidente da República e onde a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu desgastes. A campanha custou R$ 20 milhões, foi feita pela agência Lew, Lara, e terá duração de 15 dias, de acordo com informações do Planalto. Foi desenvolvida de maneira a destacar as realizações do governo em cada Estado.

Na terça-feira, dentro da ofensiva do governo federal para mostrar suas realizações, o presidente Lula lançou um pacote de obras de infra-estrutura em rodovias, hidrovias e energia que supera tudo o que fez nos três primeiros anos de governo. Em março, será leiloado o ramal Norte da Ferrovia Norte-Sul, com 720 quilômetros; em abril, aberta a concessão de oito rodovias no Sudeste e Sul e, em maio, ofertadas seis hidrelétricas, entre elas duas em Rondônia, que custarão R$ 20 bilhões. Os compradores poderão contar com empréstimos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), corrigidos pela TJLP mais 1,5% ao ano. Poderão ter, ainda, a sociedade dos fundos de pensão. Além do mais, na segunda-feira o governo dá início à operação tapa-buracos de 26.441 quilômetros de rodovias.

Dos seis Estados mais populosos, somente a Bahia, em quarto, não assiste à campanha na televisão, não a ouve no rádio nem a vê em outdoors. A Bahia, porém, não tem pré-candidato de nenhum partido a presidente da República. O programa Bolsa-Família, que será muito explorado como fator de realização social e apelo eleitoral na campanha à reeleição do presidente Lula – caso ele decida ser candidato – está presente em todas as regiões em que é feita a campanha.

Em São Paulo, onde são pré-candidatos o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra, ambos tucanos, as peças publicitárias do governo federal enaltecem, além do Bolsa-Família, os programas Universidade para Todos (ProUni), Brasil Sorridente, Samu (Serviço Ambulatorial de Urgência), projetos habitacionais e de saneamento, de regularização fundiária, de alfabetização e a duplicação e recuperação da BR-116 (Régis Bittencourt), que liga São Paulo a Curitiba. De acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), São Paulo tem 37.032.413 habitantes.


O segundo Estado mais populoso do Brasil, Minas Gerais, com 17.891.494 habitantes, tem o governador Aécio Neves (PSDB) como pré-candidato à sucessão de Lula. Ali, a campanha publicitária do governo federal abordará os benefícios do Bolsa-Família – que segundo o governo alcançou 8,7 milhões de famílias em todo o Brasil –, o Programa de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outros.




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