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Pequeno aventureiro

Menor 4x4 do Brasil, Suzuki Jimny não tem medo de desafios; carrinho enfrenta grandes obstáculos

Por Nilton Valentim
25/05/2018 | 06:53
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Nilton Valentim/DGABC


Quando o assunto é o Suzuki Jimny surge sempre a brincadeira que se trata do 4x4 da Barbie. Isso por causa do tamanho do carrinho, que tem apenas 3,64 m de comprimento por 1,6 m de largura e pesa 1.060 Kg. Mas são estes detalhes que o deixam mais interessante. As dimensões reduzidas chamam atenção no asfalto, mas quando entra na terra é que ele se transforma em fera.

A verdade é que o Jimny é divertido quando está com a pintura e as rodas brilhando. Mas ele fica bem mais alegre com algumas marcas de lama espalhadas pela lataria, vidros e até no teto. Na terra, parece até criança que ganha autorização dos pais para brincar sem preocupar-se em sujar a roupa.

E isso se deve ao motor 1.3L (DOHC) a gasolina feito de alumínio, com 16 válvulas, quatro cilindros em linha, que entrega 85 cavalos a 6.000 rpm.

O câmbio é manual, com cinco marchas, mas com variação de tração 4x2 para 4x4 com apenas um toque nos botões localizados no centro do painel. Nas três teclas há ainda a 4WD-L, a chamada reduzida, que dobra o torque e permite enfrentar diversos obstáculos off-road. Com todas essas possibilidades, são 15 combinações de marchas oferecidas.

O Jimny tem quatro versões, a partir de R$ 69.890 (4Work), e pode chegar a R$ R$ 77.690 (4Sport). A equipe de reportagem do Diário andou com a mais cara, por ruas asfaltadas e por trilhas na região de Paranapiacaba.

Na parte interna, como em todo 4x4, impera a simplicidade. Mesmo assim, a versão testada oferece sistema multimídia com tela de sete polegadas, que permite o espelhamento de celulares com sistemas Android e iOS. O pequeno painel de instrumentos tem tela digital com relógio, odômetro parcial A e B, odômetro total, temperatura do fluído de arrefecimento e volume de combustível no tanque.

O carro tem ainda tomada de ar no capô, snorkel – para se aventurar em locais alagados –, molduras em grafite nas caixas de roda e laterais, além de degraus para facilitar a entrada e o acesso ao teto. Ele ainda vem calçado com rodas aro 15’’. 

Carro marca presença em trilhas e competições

Fabricado no Brasil desde 2012, o Suzuki Jimny tem uma legião de seguidores. Gente que aproveita os fins de semana para colocar o carrinho em trilhas e estradas pelo País. A própria marca organiza passeio destinado ao proprietários, que neste ano terá quatro etapas. Três delas já foram realizadas e a próxima está marcada para os dias 23 e 24 de junho, em Rancho Queimado, em Santa Catarina.

 Por dois anos seguidos (2015 e 2016), foi usado como carro de apoio durante o Rally Piocerá/Cerapió, que teve a 31ª edição realizada neste ano, entre os Estados do Piaui e Ceará. Em ambas, com a obrigação de transportar o diretor de prova.

 “É um carro bem interessante. Que, apesar de pequeno, suporta muito bem as dificuldades de uma prova tão dura como a nossa. Enfrenta e supera o trabalho pesado”, conta Erlich Cordão, piloto e organizador do Cerapió/Piocerá.

 De modo geral, Cordão gosta do Jimny, mas faz apenas uma ressalva. “É um carro que merecia um motor mais forte. Se viesse com um motor 1.6, seria o ideal”. NV




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