Nunca se vendeu e se comprou tanto pela Internet como em 2005. Segundo a empresa de consultoria em transações virtuais e-bit, o comércio eletrônico no país registrou dois recordes históricos durante o ano: as vendas de Natal (entre os dias 15 e 23 de dezembro) cresceram 61% em relação a igual período anterior ao atingir movimentação de R$ 458 milhões. Já o acumulado no ano chegou a R$ 2,5 bilhões – expansão de 42,8% em comparação a 2004.

Os números do e-commerce no ano passado surpreendem até mesmo especialistas. A e-bit e a PricewaterhouseCoopers (empresa de auditoria) fizeram no começo de 2005 a projeção – na época otimista – de fechar o ano num volume de R$ 2,3 bilhões em vendas, impulsionado pela maior confiança dos internautas nas compras via sites.

Para o diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti, o bom desempenho do setor é resultado de três fatores principais. "Primeiro, muita gente antecipou as vendas de fim de ano para conseguir preços melhores e evitar problemas em filas e congestionamentos, típicos da época. Além disso, os eletroeletrônicos tiveram uma significativa redução de preços, em razão do dólar mais barato. Outro fator positivo foi a inclusão digital", diz.

Segundo Guasti, em 2005 foram registrados 4,5 milhões de usuários no comércio eletrônico no país, volume 30% maior que em 2004. "As pessoas estão mais confiantes nas compras virtuais. Além disso, a propaganda boca-a-boca de promoções e descontos em sites fez com que muitos estreassem na Internet."

Entre os itens mais vendidos no Natal, lideram o ranking CDs e DVDs – 19% de participação –, seguidos por livros, revistas e eletrônicos (16%). Esses produtos também foram os mais procurados no total do ano. Para 2006, o crescimento projetado é de mais 50% ante o ano passado, o que deve levar as vendas na Internet à casa dos R$ 3,8 bilhões.