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'Aqui vivemos como mortos', diz Ingrid Betancourt em carta
Da AFP
01/12/2007 | 10:11
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"Aqui vivemos como mortos", relata a refém franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada há mais de cinco anos pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), numa carta a sua família. Trechos do texto foram divulgados neste sábado à imprensa.

"Estou mal fisicamente. Não consigo me alimentar. Meu apetite está bloqueado. Meus cabelos estão caindo aos montes", conta a ex-candidata presidencial colombiana numa carta de 12 páginas dirigida a sua mãe, Yolanda Pulecio, cujos trechos foram divulgados em Paris pelos comitês de apoio a Ingrid Betancourt.

"Amo a França de coração, pois admiro a capacidade de mobilização de um povo que, como dizia Camus, sabe que viver significa assumir compromissos. Todos esses anos foram terríveis, mas acho que nem estaria viva hoje se não fosse pelo compromisso que eles trouxeram a todos nós, que aqui vivemos como mortos", prossegue.

A carta é uma das provas de vida fornecidas pelas Farc e divulgadas sexta-feira pelas autoridades colombianas.

Seqüestrada em fevereiro de 2002, Ingrid Betancourt aparece num vídeo muito magra, imóvel, aparentando tristeza e cansaço extremo.

Os filhos da refém, Mélanie e Lorenzo, se disseram "felizes" de ver essas provas de vida - as primeiras desde um vídeo divulgado em agosto de 2003 - mas também "muito preocupados" com o estado de saúde de sua mãe.



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