"Nosso trabalho apurou práticas irregulares na condução dos negócios da Telecom Italia, de colaboradores e aliados, que atingiram a administração da Brasil Telecom", informou a Kroll. A empresa garantiu que a Brasil Telecom nunca pediu para que membros do governo fossem investigados e informou que não fere a "legislação brasileira, americana, ou de qualquer país em que atue".

Segundo a Kroll, a intenção da investigação era recolher provas que ajudassem a Brasil Telecom em uma ação judicial contra a Telecom Italia. Entre os investigados está o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken.

Confira na íntegra a nota da Kroll:

Não somos uma empresa de espionagem, nunca fizemos grampos telefônicos nem invadimos computadores de ninguém. Presente em 35 países e com 32 anos de experiência, a Kroll é uma empresa especializada em gerenciamento de riscos. Prestamos serviços em diversas áreas, auxiliando corporações, entidades governamentais, ONGs e indivíduos a proteger seus ativos fixos, financeiros e intelectuais.

A Kroll nunca investigou qualquer autoridade do governo brasileiro. Os nomes citados na matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo de 22 de julho aparecem em um contexto totalmente alheio ao âmbito do projeto de suporte ao litígio entre a Brasil Telecom e a Telecom Itália.

Os e-mails citados na reportagem de 22 de julho surgiram, há quase três anos, no contexto do processo de divórcio litigioso entre o senhor Demarco e sua então esposa, Maria Regina Yazbek. Vale ressaltar que este fato é de conhecimento público, sendo inclusive noticiado em diversas reportagens à época.

A Kroll reafirma que trabalha estritamente dentro das leis de cada um dos países onde atua. A empresa nunca infringiu a legislação brasileira ou as normas do FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), lei americana que proíbe atos de corrupção por partes de empresas americanas e suas subsidiárias no Exterior.

Os trabalhos desenvolvidos pela Kroll visavam exclusivamente apurar as possíveis irregularidades da Telecom Itália que pudessem prejudicar a administração da Brasil Telecom. Em nenhum momento ficou evidenciado que o governo tivesse envolvimento em qualquer tipo de ação referente ao caso.

Com dez anos de atuação no Brasil e uma carteira de mais de 200 empresas dos mais diversos segmentos da economia, a Kroll sempre foi reconhecida pela sua ética profissional, confiabilidade e experiência. Prova disso é que o governo brasileiro já nos contratou para atuar em várias ocasiões.

A Kroll gostaria de reafirmar que não irá poupar esforços para ajudar as autoridades responsáveis no esclarecimento deste mal-entendido.