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Mackenzie planeja
curso de Medicina

Instituição da Capital anuncia que participará de
chamada pública por graduação em S.Bernardo

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
03/10/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Prestes a completar 144 anos de fundação, a Universidade Presbiteriana Mackenzie espera receber como presente chancela do MEC (Ministério da Educação) para ofertar curso de Medicina em São Bernardo. A instituição privada de ensino participará de chamada pública que deverá ser aberta nos próximos dias aos interessados em oferecer a graduação dentro do Programa Mais Médicos na cidade.

Além de realização de sonho antigo da universidade, a implantação do curso de Medicina, caso ocorra, concretizará a abertura do quarto campus da instituição. Além de unidade na Capital, a Mackenzie conta com estrutura em Barueri e Campinas. “É um sonho de mais ou menos 90 anos e que sempre foi ficando para depois, no entanto, agora estamos motivados e desafiados com o Mais Médicos”, garante o reitor da universidade, Benedito Guimarães Aguiar Neto.

A estimativa do reitor é que seja necessário investimento de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões em equipamentos na instalação de unidade em São Bernardo. Uma das motivações para que a universidade entrasse na disputa para oferecer o curso de Medicina em São Bernardo é a proximidade com o campus da Capital, ressalta o reitor. Além disso, a estrutura ofertada pelo município agrada. “A rede de Saúde pública de São Bernardo evoluiu bastante nos últimos anos e se tornou referência.”

A futura coordenadora do curso de Medicina da instituição, Leontina Margarido, destaca que um dos diferenciais do projeto pedagógico da graduação proposto pela Mackenzie é dar atenção especial para as doenças negligenciadas. “Além de formar médicos com visão global de forma multidisciplinar, atentos às condições individuais e coletivas do paciente, queremos contribuir com a sociedade ao nos preocuparmos com problemas secularmente conhecidos, como sífilis, tuberculose, imunodeficiências secundárias ao HIV e aos transplantes e também a moléstia de Hansen (doença infecciosa conhecida como lepra)”, explica.

Entre os principais desafios, Neto destaca a contratação de corpo docente em espaço curto de tempo. A expectativa do ministro da Saúde, Arthur Chioro, é que o edital seja finalizado até janeiro e as aulas tenham início ainda em março. Caso atrase, os alunos começarão a graduação em agosto. “Acho difícil iniciar em março. Não temos tempo hábil”, considera o reitor.

A Mackenzie oferece cinco cursos na área da Saúde: Fisioterapia, Nutrição, Ciências Biológicas, Psicologia e Farmácia. “Cerca de 80% dos nossos cursos têm notas 4 e 5 no índice do MEC e temos o maior índice de empregabilidade entre as universidades privadas do Brasil”, acrescenta Neto.

Em todo o País, 39 municípios foram aprovados para oferecer o curso de Medicina, sendo São Bernardo e Mauá na região. A Universidade Metodista também já anunciou que participará do edital para oferecer a graduação. A região conta com dois cursos de Medicina, ofertados pela Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, e pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano).

Universidade tem plano de instalar polo tecnológico no município

Em paralelo à concorrência para implantação do curso de Medicina em São Bernardo, a Universidade Presbiteriana Mackenzie planeja a instalação de polo tecnológico na cidade. A ideia é aproveitar o projeto municipal que prevê Parque Tecnológico para investir em pesquisa científica na área das engenharias.

“Nossos planos para São Bernardo não se restringem ao curso de Medicina. Somos a escola de Engenharia não pública mais antiga do Brasil. Nossos professores do curso de Direito estão analisando a viabilidade jurídica de sermos um dos atores no projeto do Parque Tecnológico da cidade, se assim a Prefeitura também achar conveniente”, destaca o reitor Benedito Guimarães Aguiar Neto.




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