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Qualidade de vida na região supera a do Estado

Estudo mostra que Grande ABC ultrapassa dados estaduais em riqueza, escolaridade e longevidade

Por Humberto Domiciano
do Diário do Grande ABC
31/10/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A qualidade de vida no Grande ABC é superior à média do Estado de São Paulo, de acordo com o IRPS (Índice Paulista de Responsabilidade Social) elaborado pela Assembleia Legislativa em parceria com a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), divulgado ontem. Os números são relativos ao período entre 2012 e 2014.

O levantamento leva em consideração três dimensões – riqueza, longevidade e escolaridade – e, na avaliação, Santo André, São Bernardo e São Caetano marcaram pontuações (de zero a 100) próximas ou superiores à totalidade do Estado.

Em Santo André, o quesito longevidade teve 73 pontos contra 70 registrados na média dos outros 644 municípios. Por sua vez, a escolaridade atingiu 55 pontos e a riqueza ficou em 47.

Na cidade de São Bernardo, por outro lado, os três indicadores superaram a média e o município registrou notas de 52 na riqueza, 75 na longevidade e de 57 na escolaridade.

A mesma tendência se repetiu em São Caetano, que chegou a 81 pontos na dimensão que mede a expectativa de vida da população e 76 pontos na variável que diagnostica a qualidade da Educação (veja todos os números na tabela ao lado).

A pesquisa mostrou ainda que entre 2012 e 2014, o consumo anual de energia elétrica no comércio, na agricultura e nos serviços na Grande São Paulo variou positivamente em 6,9%, abaixo da média estadual (10,6%) e o volume de impostos pago per capita na região registrou variação negativa de 2,9%, ante a relativa estabilidade do Estado (0,6%).

Já o consumo anual de energia residencial por ligação diminuiu 7,2% (enquanto o do Estado caiu 1,5%); e o rendimento médio do emprego formal elevou-se em 6,1%, pouco acima da média do Estado (5,8%).

Para o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Cauê Macris (PSDB), a pesquisa deve servir de orientação para novas políticas públicas na região. “Temos dois grandes problemas, que são a corrupção e a má gestão pública. O IRPS oferece para cada município um instrumento de trabalho positivo que dá um norte para se gastar o dinheiro da maneira correta”, ponderou.

Cauê Macris destacou ainda que o Grande ABC possui números de desenvolvimento elevado. “Santo André, São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires fazem parte do grupo 1, que é a elite do Estado de São Paulo, algo que abrange apenas 14% dos nossos municípios. Mas as atuais gestões têm condições de melhorar mais e podem fazer isso analisando os números deste levantamento”, prosseguiu o tucano.

Apesar disso, o município de Rio Grande da Serra apresentou números abaixo da média estadual, com 37 pontos no quesito riqueza, 67 em longevidade e 46 na escolaridade. Neste aspecto, a mortalidade infantil subiu de 13,37 por mil nascidos vivos para 14,44.

O presidente da Assembleia alertou ainda para os números relativos à Educação. “A avaliação em todo o Estado é positiva, mas a Região Metropolitana de São Paulo ficou um pouco aquém da média estadual. O gestor público precisa ter foco nessa área”, finalizou. 




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