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Polícia caça 'piratas' de TV a cabo na região
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
05/10/2002 | 16:45
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Pirataria de TV a cabo virou caso de polícia no Grande ABC. Depois de receber várias denúncias de assinantes regulares de São Caetano que reclamavam de constantes ligações clandestinas que afetavam o sinal de transmissão para suas casas, a Canbras levou o caso para o 2º DP (Distrito Policial) da cidade, onde foi aberto um inquérito.

Quatro moradores do bairro Olímpico e cinco pessoas apontadas como técnicos da empresa serão ouvidos, segundo o chefe dos investigadores do distrito, Ilson Roberto Alves. O próximo passo será o reconhecimento dos acusados e a formalização da culpa. “Os depoimentos nos levam a acreditar que as pessoas que fizeram a troca são ligadas à Canbras de forma direta ou terceirizada.” Técnicos da empresa fazem uma varredura geral em busca de novos flagrantes.

“Os técnicos são acusados de oferecer a troca do tubo eletrônico do circuito de canais”, disse Alves. Com a substituição do equipamento, as pessoas pagam a mensalidade mínima e têm acesso ao pacote que oferece o maior número de canais. Quem for considerado conivente com furto de sinal de TV a cabo pode ser indiciado pela Justiça. A pena, de acordo com o parágrafo 3º do artigo 155 do Código Penal, prevê reclusão de um a quatro anos.

Segundo o presidente do Grupo Canbras no Brasil, Renato Ferreira Junior, aumentou nos últimos dois meses o número de cartas e telefonemas de assinantes denunciando as ligações clandestinas. Por mês, a empresa recebe cerca de 30 denúncias oriundas do município. A estimativa da empresa é que, do total de 190 mil assinaturas, pelo menos 1,7% sejam ilegais (cerca de 3,2 mil).

Abordagem – Para o presidente da Canbras, boa parte dos consumidores com ligações clandestinas devem ter contratado a troca sem perceber que estão sendo coniventes com um crime. “São abordados pelos técnicos que cobram algo em torno de R$ 300, mas não sabem que a substituição está enquadrada em pirataria.” A situação é diferente quando a pessoa rouba o sinal de um assinante regularizado. “Eles aproveitam as ligações dos postes para puxar o sinal para suas casas. É o famoso gato”.

O combate à clandestinidade, segundo Ferreira Junior, é feito por auditorias da Canbras. “Quando encontramos as ligações, fazemos o desligamento e encaminhamos uma notificação para a pessoa alertando sobre o crime e oferecendo os serviços de maneira legalizada.” Em caso de reincidência, a empresa abre um boletim de ocorrência para denunciar a irregularidade e o caso passa a ser investigado pela polícia. Ele não disse quantos foram abertos.




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