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Massa critica FIA e ressalta que Alonso sabia de 'roubo'
Das Agências
15/10/2009 | 07:00
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O piloto Felipe Massa não esqueceu o roubo. E tem certeza absoluta de que seu futuro companheiro de equipe na Ferrari, Fernando Alonso, sabia da armação que levou Nelsinho Piquet a bater de propósito para ampliar as chances de o espanhol vencer o Grande Prêmio de Cingapura, em 2008.

Dois dias após dirigir um carro de F-1 pela primeira vez desde o acidente em treino para o GP da Hungria, que o tirou do restante da temporada 2009, o brasileiro conversou com a imprensa ontem e mostrou que, para ele, o episódio não foi resolvido.

"O suposto roubo da corrida continua. Podem mandar Briatore (Flavio, ex-Renault) para casa, mandar o engenheiro para casa, mas o roubo continua. Não foram atrás de corrigir o que foi roubado", disse Massa, que terminou o GP da Cingapura em 13º, e viu o rival Lewis Hamilton acabar a prova em terceiro lugar - ou seja, se o resultado da prova fosse anulado, o título seria do brasileiro. "Se ia ser campeão, não interessa no momento. Depois de tanto tempo, de tudo isso que aconteceu e foi falado, ia ficar chato ter esse título no meu currículo", disse.

Massa citou outras modalidades para defender sua tese de que a Federação Internacional de Automobilismo teria de corrigir isso. "Na Itália, times foram para a Série B (a Juventus foi rebaixada e disputou a Série B na temporada 2006-2007, e Lazio, Fiorentina, Milan e Reggina perderam pontos no campeonato de 2006-2007). Se alguém que ganhou a medalha de ouro na olimpíada disser que quando ganhou estava drogado, a medalha vai ser cancelada", apontou o piloto.

Questionado sobre a participação de Fernando Alonso, que declarou desconhecer a armação que levou o chefe da equipe Flávio Briatore a ser banido da F-1 e o engenheiro Pat Symonds a ser suspenso por cinco anos, o brasileiro foi veemente, e até repetitivo. "Ele sabia, sem dúvida. Lógico que sim, não tenho dúvida", afirmou.

Massa também criticou a atitude de Nelsinho Piquet. "O que ele fez foi muito negativo. Ele mesmo está colocando isso. Com certeza, o nome dele na Fórmula 1 não está tão forte depois disso. Mas, para mim, não muda nada. Nunca tive uma amizade grande com ele", disse.

O piloto revelou ainda que não conversou com Alonso desde que ele foi anunciado como seu companheiro de equipe para a temporada 2010, em 30 de setembro, e se disse em posição confortável. "A Ferrari tem um jeito peculiar de trabalhar, ao qual estou adaptado. E ele vai ter de entender essa forma de funcionar da Ferrari."

Alonso visita projeto do Unicef em São Paulo

O piloto espanhol Fernando Alonso, que também é embaixador do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), visitou ontem projeto social na comunidade Jardim Santa Lúcia do Guacuri, em São Paulo.

Bicampeão mundial de Fórmula 1 e contratado pela Ferrari para correr na próxima temporada ao lado do brasileiro Felipe Massa, Alonso encontrou 126 crianças entre 6 e 15 anos, que vivem na região do projeto da Plataforma de Centros Urbanos do Unicef no Brasil.

Em sua participação no evento, o piloto espanhol, que corre em Interlagos a penúltima corrida pela equipe Renault, também jogou futebol com alguns garotos da escola Oscar Romero, no pátio da instituição ligada ao Unicef.

O projeto visa mobilizar o governo, a sociedade civil e empresas para trabalharem juntos pela garantia dos direitos das crianças. Alonso é embaixador da Unicef desde 2005, e esta foi sua segunda visita a um programa da entidade no Brasil.

No total, o Unicef tem 63 comunidades espalhadas pela capital paulistana, das quais, sete somente em Pedreira. As crianças são divididas em turmas, de manha e à tarde, e realizam atividades extracurriculares, como música e pintura.

‘Interlagos está pronto', garante Montagner

O autódromo de Interlagos está pronto para receber o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, domingo, em São Paulo. A notícia foi dada ontem pelo diretor da prova, Carlos Montagner, durante entrevista ao site GLOBOESPORTE.COM, ontem.

"Está tudo pronto, do jeito que nos foi solicitado. Agora aguardamos a vistoria final do Charlie Whiting (delegado da FIA - Federação Internacional de Automobilismo), que deve acontecer perto da hora do almoço de quinta-feira (amanhã). Ele sempre pede alguma coisa de última hora e também já dá sugestões para a prova do ano seguinte", afirmou Montagner.

Interlagos, ao contrário de outras temporadas, sofreu poucas intervenções na pista e fora dela. Apenas na curva do Café, que antecede a reta dos boxes, foi refeito o muro e diminuída a barreira de pneus. O local ainda está interditado porque foi refeita a pintura. Mas tudo estará perfeito até a hora da vistoria final.

Alguns pilotos, como o alemão Nico Rosberg, reclamaram das ondulações do asfalto. Montagner não escondeu a irritação ao falar do assunto.

"As ondulações existem em todas as pistas do mundo. Mas parece que aqui a coisa é sempre pior. Não sei porque tudo aqui sempre tem mais defeito. Não importa o que se faça, sempre acham mais defeito em Interlagos do que em outros lugares", afirmou o diretor. "Estamos acostumados com essa situação e acredito que teremos uma grande prova no domingo", concluiu.

BARRICHELLO - O piloto participou ontem de prova de kart com os mercânicos e funcionário da escuderia Brawn na Granja Vianna.




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