Nesta semana o consumidor do Grande ABC está pagando mais caro pelos produtos de primeira necessidade. A cesta básica está R$ 5 mais cara, custando R$ 325,74 - valor 1,49% superior ao levantado entre os dias 9 e 15 de março pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Os vilões do aumento são o arroz, o feijão e a carne bovina de segunda que, embora não tenham registrado altas significativas, possuem um peso grande no bolso por serem itens de consumo diário. O arroz está 0,62% mais caro, custando na média R$ 8,16 o pacote de 5 kg. O feijão teve alta de 4,78%, para R$ 2,60 o pacote de 1 kg.

"Na semana passada, entretanto, os estabelecimentos diminuíram seu preço em 15% por conta de ser um feijão mais velho. Com a reformulação dos estoques, seu custo foi elevado", explica Joel Guerra, técnico agrícola da Craisa.

A carne bovina de segunda (cortes dianteiros) sofreu reajuste de 2,62%, custando entre R$ 12,19 e R$ 8,35 o kg. Segundo Guerra, todo final de mês é a mesma história. "Quando as pessoas recebem o salário no início do mês, consomem apenas carne de primeira. Conforme o rendimento vai acabando, elas optam pelo produto mais barato", justifica. De fato, o preço da carne de primeira (coxão mole, corte traseiro) teve queda de -1,38%.

O frango também sofreu variação positiva de 4,45%, custando na média R$ 3,70 o quilo. "Já está havendo há algum tempo uma redução da quantidade de animais para abate. O Estado de São Paulo, que lidera a criação de frango, está vendendo uma quantidade menor do que em 2007, o que eleva seu preço".

Entre os itens que ficaram mais baratos nesta semana encontram-se o tomate (-21%) e a alface (-3,11%). "As chuvas e o calor em excesso derrubam o custo dos hortifrutigranjeiros", finaliza Guerra.