Política Titulo Na pandemia
Volpi sugere que governo Kiko superfaturou contratos

Atual prefeito de Ribeirão diz que pagou menos que tucano por itens e que levará caso ao MP

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
09/04/2021 | 00:01
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André Henriques/DGABC


O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), acusou o governo do antecessor, Adler Kiko Teixeira (PSDB), de superfaturar contratos celebrados para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ontem, em pronunciamento nas redes sociais, o liberal afirmou que pagou valores bem menores pelos mesmos produtos e que irá denunciar o tucano ao MP (Ministério Público) nos próximos dias.

Na live, Volpi aparece à frente de uma lousa, na qual elenca valores de vínculos firmados pela gestão de Kiko e compara com os pagamentos feitos pela atual administração para um mesmo item. O prefeito cita como principal exemplo acordos selados por meio de carta-convite, ou seja, sem concorrência criteriosa, pelo governo antecessor com a empresa JMA Sonorização e Iluminação Ltda para fornecimento de geradores de energia para manter a estrutura do hospital de campanha erguida na cidade no ano passado.

Segundo Volpi, o governo de Kiko pagou, em média, R$ 42 mil por mês à empresa pelo aluguel do equipamento, valor que seria 2.246% superior ao que tem sido pago pela atual gestão para um gerador “com capacidade maior ainda de utilização”: R$ 1.790 por mês, por meio de contrato firmado através de pregão. “Você que está me vendo e me ouvindo, se estivesse no meu lugar, como prefeito, e visse uma conta que foi feita uma compra por quase R$ 50 mil e que fez a mesma compra por R$ 1.790, o que você iria achar disso?”, questiona o prefeito, que sobe o tom contra o antecessor. “(Isso é) Roubo. Roubo! A expressão é roubo. Isso aqui não dá para admitir”, disparou.

Volpi cita ainda outro item comprado pelo governo Kiko por meio de carta-convite e que, neste ano, adquiriu a mesma quantidade por valor inferior após promover licitação. O atual prefeito revelou que a gestão passada pagou R$ 2,46 milhões por 1 milhão de kits de insulina, enquanto que seu governo garantiu contrato por metade do preço: R$ 1,15 milhão. “São tantos erros, tantas falhas e tantas falcatruas do governo passado que eu preciso dividir (as denúncias) em capítulos da novela ‘as desgraças que faziam em Ribeirão Pires’”, criticou o prefeito.

Ao Diário, Kiko minimizou as acusações e disse que todos os procedimentos adotados por sua gestão foram dentro da legalidade e acompanhados pela Procuradoria municipal. “Todos os esforços que fizemos para (montar) o hospital de campanha foram na medida de salvar vidas e até 31 de dezembro funcionaram muito bem. A opinião dele (Volpi) pouco importa. Existem órgãos de fiscalização que podem apurar tudo isso, com o TCE (Tribunal de Contas do Estado), o Ministério Público e a Câmara.” 




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