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Teste para dengue é incógnita

Região ainda não sabe como será a sorologia dos casos suspeitos, restrita por insuficiência de kits; ação de prevenção será lançada em dezembro

Por Vanessa de Oliveira
do Diário do Grande ABC
08/11/2016 | 07:06
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Ricardo Trida/DGABC


Próximo à chegada do verão, em 21 de dezembro, quando os casos de dengue se intensificam, o Grande ABC ainda não sabe se vai manter a restrição à coleta de novas amostras de sangue de casos suspeitos da doença. Na última temporada, a situação dificultou a constatação na região. Em maio, o Diário noticiou que 3.890 notificações suspeitas não tinham confirmação.

O exame é feito pelo Instituto Adolfo Lutz e, em março, a Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado emitiu comunicado estabelecendo critérios para a realização, como casos graves e óbitos. A Secretaria Estadual de Saúde declarou que o Ministério da Saúde forneceu, neste ano, apenas 520 kits ao Estado, “o que representa apenas 17% do total de 3.000 kits solicitados desde outubro de 2015 ao ministério, responsável pela compra e distribuição desses materiais para todo o Brasil”.

“Iremos aguardar resposta definitiva do governo estadual, na terceira terça-feira deste mês, onde teremos resposta de como o Estado vai se posicionar em relação à distribuição dos kits. A representante do governo do Estado nos pediu esse prazo para trazer uma resposta da logística. Esperamos que seja positiva”, falou ontem o coordenador do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde e secretário da área em Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, durante a reunião mensal de prefeitos no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

Em caso de resposta negativa da não garantia da realização dos exames, Duarte disse que os municípios ainda terão dezembro, janeiro e fevereiro para se organizarem “e adquirirem pelo menos parte que falta daquilo que não for provido pelo Ministério da Saúde e pelo Estado”. O Consórcio Intermunicipal não estuda a aquisição de kits de forma regionalizada. “Os municípios vão ter que fazer uma conversa internamente, até porque cada um tem uma realidade de número de casos, devido à sua população. Primeiro decide internamente, até para depois ter uma proposta regional.”

Até o fechamento desta edição, o Ministério da Saúde não tinha retornado sobre a previsão de quantos kits para sorologia de dengue serão enviados ao Estado. A Secretaria Estadual de Saúde, por sua vez, disse que não tem nada previsto sobre a aquisição, por si só, do material.

Até 8 de outubro, os números de casos suspeitos de dengue das sete cidades caíram 65%, na comparação com o mesmo período de 2015. O total de casos suspeitos somou 9.573 em 2016, ante 27.272 registros em 2015.

AÇÃO
Mobilização regional de combate à dengue está prevista para 10 de dezembro, na Rua Afonsina, divisa entre São Bernardo, São Caetano e Santo André. Intitulada de Grande ABC Unido contra o Aedes, a campanha prevê a realização de mutirões focados na prevenção do mosquito Aedes aegypti que, além da dengue, transmite ainda o zika vírus e a febre chikungunya.

Projetos de Mobilidade serão concluídos em 2017

Está prevista para setembro do próximo ano a conclusão dos projetos básicos do Plano de Mobilidade Regional, elaborado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, e que pleiteia captação de recursos para a execução das ações.

A entidade foi contemplada com aporte financeiro de R$ 26,4 milhões do Ministério das Cidades para iniciar a elaboração de 21 projetos executivos da área.

Ontem, durante a reunião mensal dos prefeitos, foram apresentados os projetos funcionais, que apontam as diretrizes das propostas que visam futuras obras em três eixos prioritários de intervenções: a Ligação Leste-Oeste (Diadema), o Eixo Avenidas Guido Aliberti/ Lauro Gomes/Marginal Córrego Taioca (Santo André, São Bernardo e São Caetano) e o Corredor Sudeste (São Caetano, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires).

As propostas devem passar por transição entre as atuais e as futuras equipes técnicas das prefeituras. A partir de janeiro, cinco cidades terão novos gestores. “Os projetos funcionais, que apresentam as grandes diretrizes em termos de mudança de viário, de conversão, abertura de terceira ou quarta pista, entre outros, já foram entregues aos municípios para revisão. Na passagem dos funcionais para os básicos, que vão definir as características que são passíveis de captação de recurso, entendemos que seja mais conveniente aguardar a posse dos prefeitos para que eles tenham a prerrogativa sobre as diretrizes que queiram tomar”, falou o secretário executivo do Consórcio Intermunicipal, Luís Paulo Bresciani. 




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