Política Titulo Recomendação do TCE
São Caetano faz reforma para reduzir terceirizados

Medida administrativa servirá para adequar quadro de pessoal às recomendações do TCE

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/11/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Na tentativa de atender recomendações do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e do Ministério Público, o governo do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), fará reforma administrativa no Paço e reduzirá o número de funcionários terceirizados. Conforme notificações que se estendem desde gestões anteriores, a Corte considera que há falta de equilíbrio em relação à quantidade de servidores efetivos. Os vereadores votarão hoje, em sessão extraordinária, o projeto do Executivo que prevê a extinção de 916 cargos, sendo 44 de forma imediata, e a criação de 405 postos por meio de concurso público.

Na proposta, 872 empregos permanentes serão excluídos na vacância (aposentadoria ou exoneração) – as atribuições já não atendem as necessidades do Palácio da Cerâmica. Ao todo, no quadro de pessoal são cerca de 3.000 terceirizados que atuam hoje na Prefeitura e cerca de 5.000 concursados. As comissões internas do Legislativo deram parecer favorável ao texto, que entrou em regime de urgência na Casa. Na segunda-feira, os parlamentares governistas se reuniram com Pinheiro e técnicos da área, no Paço, para tirar dúvidas sobre o teor da propositura.

A estimativa de impacto orçamentário com os procedimentos, ao longo do exercício de 2016, é da ordem de R$ 2,1 milhões ao mês, o equivalente a R$ 25,3 milhões por ano. Por outro lado, a previsão passa por economizar nos contratos firmados com empresas prestadoras de serviços, como a Fundação do ABC e Transbraçal. A partir dos primeiros 12 meses de vigência, a ideia é enxugar os gastos públicos em R$ 3 milhões nos convênios.

Pinheiro afirmou que essa readequação proposta possibilitará a redução de despesas e promoverá a oferta de “serviços mais qualificados” à população. “Fizemos essa reestruturação por recomendações sugeridas pelo tribunal. Desde o início do governo estamos trabalhando para fazer gestão financeira de modo que possamos ganhar em agilidade e qualidade dos serviços públicos com equilíbrio orçamentário.”

A matéria cria 294 empregos que atualmente não constam no quadro do Paço, a exemplo dos cargos de analista econômico financeiro, analista de contratos e analista de recursos humanos, além de 111 novas vagas de postos já existentes, porém que precisam de incremento, como médicos, professores e enfermeiros. No texto, o governo ainda prevê implantação de 64 funções gratificadas, de chefia, supervisão e coordenação de setores específicos.

A medida propõe a extinção também de 91 cargos em comissão – o tribunal entende que a lei atual em vigor contém erros e, por isso, alguns postos de natureza de emprego público –, além da transformação de quatro e criação de 65 por livre nomeação, entre eles diretor da administração da receita e assessor.  




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