Já são 44 os alunos do Colégio Jatobá, de Santo André, com idade entre 5 e 12 anos, internados com infecção intestinal. Na sexta-feira, a instituição particular de ensino tinha conhecimento de 13 internações. “Não é que vem aumentando o número de casos, mas é que só agora os pais de algumas crianças que estão sendo atendidas em outros hospitais (da região e da Capital) nos avisaram”, disse a advogada da escola, Ana Paula Carneiro da Costa.

Até sábado, quatro crianças estavam na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo uma delas o menino Caio Henrique Maria de Lima, 8 anos, em estado grave. Segundo a advogada, dois estudantes receberam alta da unidade, mas outras três deram entrada ontem. “A equipe médica nos explicou que essas três crianças foram para a UTI por precaução e não por piora no quadro”, disse Ana Paula, completando que outros quatro alunos, que estavam em quartos normais, já foram liberados para retornarem para suas casas.

A tia de Caio, Gabriela Vieira Maria, 26, contou que o sobrinho saiu da entubação, porém, continua sedado, com quadro clínico de gravidade.

Prevista para ter acontecido no sábado, a desinfecção das instalações do colégio será feita hoje. “Como o procedimento é longo, demoraria muito e a empresa que vai fazer o trabalho não conseguiu encaixar a atividade na agenda deles para o sábado”, explicou a advogada.

A expectativa é de que hoje saia o resultado do exame de cultura da coleta de material das primeiras crianças que foram internadas, para possível identificação da bactéria. A primeira internação aconteceu na quarta-feira. Amostras de água e alimentos estão sendo analisados pelo Instituto Adolfo Lutz e os resultados também serão conhecidos nesta semana.

Dezoito alunos que apresentaram sintomas como vômito e diarreia participaram de uma festa infantil no dia 14, em um bufê de Santo André. A advogada disse não poder divulgar o nome do estabelecimento, mas garante que a Vigilância Sanitária foi comunicada para averiguação do local.

No Hospital Brasil, onde grande parte dos alunos está internada, a escola montou um posto para prestar assistência às famílias. “Professores também estão indo todos os dias nos outros hospitais para acompanhar a situação”, disse Ana Paula.