Política Titulo Mauá
Marcelo ganha tempo para reverter derrota na LDO

Câmara de Mauá aprova medida em primeiro turno sem alterações, mas governo deve enfrentar embate

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
15/06/2021 | 20:40
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Divulgação


O governo do prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), conseguiu ganhar tempo para evitar derrota em alterações na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022. A Câmara aprovou a medida nesta terça-feira, em primeiro turno, sem alterações. O resultado indicou vitória parcial do Paço, já que ainda há movimento na casa para restringir poderes do prefeito na execução do orçamento.

Como antecipou ontem o Diário, vereadores apresentaram emendas à LDO a fim de reduzir significativamente o poder que Marcelo terá no exercício do ano que vem para remanejar o investimento da cidade sem necessitar de nova autorização legislativa. Atualmente, o prefeito pode transferir verbas de um setor para o outro, por meio de decreto, desde que os valores não ultrapassem 20% da receita.

Na sessão desta terça, o oposicionista Sargento Simões (Podemos) chegou a apresentar emenda a fim de fixar o índice de remanejamento em até 5%. O tema esquentou o debate entre os parlamentares e registrou várias idas e vindas – a sessão teve de ser suspensa. Sem consenso, Simões pediu o adiamento da votação da emenda. O parlamentar chegou a defender a rejeição da LDO, alegando que a peça está incompleta e que, por isso, seria inconstitucional. “Eu esperava mais do prefeito, que esteve aqui por 12 anos”, esbravejou Simões, que foi alertado por boa parte dos colegas de que a derrubada da peça inviabiliza financeiramente o município e impede, inclusive, os parlamentares de saírem de recesso.

A fim de impor derrota do governo, houve movimento para que a votação da própria LDO fosse adiada. A maioria, porém, indicou concordar com o governo e rejeitou o requerimento. “Em momento algum fomos contra a LDO, discutimos o adiamento para melhor análise. Tem muitos que estão sentados aqui sem ter ciência sobre o que é o projeto”, justificou o presidente da casa, Zé Carlos Nova Era (PL).

Leonardo Alves (PSDB) rebateu lembrando que a casa promoveu audiência pública justamente para debater a LDO, em maio.

O Diário identificou, junto à ata daquela sessão, que apenas seis parlamentares foram ao debate: o próprio Leonardo Alves; Nova Era; Júnior Getúlio (PT); Renan Pessoa (Avante); Wellington da Saúde (PP) e Eugênio Rufino (PSDB).  




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