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Edição limitada GT Line tempera o racional Sandero
Por Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
08/12/2010 | 07:03
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Racional. Essa é a melhor definição para o Renault Sandero. Com visual pouco atraente e desempenho normal, conquista o consumidor pelo preço competitivo e bom espaço interno. É o terceiro mais vendido entre os hatches pequenos em 2010, com 61.241 unidades, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), atrás somente do Volkswagen Fox (128.288) e do Ford Fiesta (84.513).

Consciente desta falta de ‘tempero' estético, a montadora de origem francesa resolveu ‘apimentar' o design do Sandero com a série limitada GT Line (R$ 42.590) - equipada com motor 1.6 16V Hi-Flex de até 112 cv e torque de 15,5 mkgf, quando bebendo etanol.

Com proposta esportiva, o modelo ganhou faróis dianteiros com máscara negra, espelhos retrovisores externos pretos, rodas de liga leve de 15 polegadas e spoiler traseiro preto. Além dos adesivos na lateral e no porta-malas com a inscrição GT Line.

Por dentro, o painel de instrumentos tem grafismo levemente diferenciado - apesar de a iluminação âmbar e o computador de bordo com sete funções serem os mesmos dos demais Sanderos.

O acabamento deixa a desejar, com plásticos de qualidade simplória. Exceção ao material utilizado no painel central e nos puxadores das portas. Os encaixes poderiam ser melhores. Ponto negativo para os parafusos à mostra nos porta-copos do console central, por exemplo. Há o que melhorar.

Os bancos têm revestimento diferenciado com costuras vermelhas e com a marca GT Line gravada nos encostos de cabeça dianteiros. Os cintos de segurança têm fita na cor vermelha - exagero que poderia muito bem ser evitado.

A ergonomia também poderia ser melhor. Não há ajuste de altura e profundidade do volante, que poderia ter empunhadura mais esportiva - já que é a proposta do carro. O acionamento dos vidros elétricos ainda é feito no painel central, e não no encosto de braço das portas, como já acontece com o Logan.

Ponto positivo para o recheio. O GT Line tem de série direção hidráulica, ar-condicionado, vidros e travas elétricos, faróis de neblina, CD player com MP3, controle satélite na coluna de direção e air bag duplo. Freios com ABS são os únicos opcionais (R$ 1.000).

RODANDO - O Sandero GT Line não empolga. O bloco 1.6 16V, que antes estava disponível apenas para a versão Stepway, peca em baixas rotações e é um pouco barulhento. No entanto, trabalha bem em giros elevados. A 120 km/h o conta-giros marca 3.500 rpm. O consumo misto que obtivemos, segundo o computador de bordo, foi de 8,3 km/l (etanol).

A transmissão tem engates longos e pouco precisos - além de a manopla vibrar muito e a embreagem ter curso longo. A suspensão é confortável, sem ser macia ao extremo, possibilitando tocada mais arrojada.

VEREDICTO - O apelo visual do GT Line pode até agradar alguns, mas o Sandero continua atraente nas questões preço e espaço. Para conquistar pelo design, a saída é dar um ‘tapa' geral.




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