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Ameaça de importados mobiliza
indústria e sindicato no Estado
Por Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
21/12/2010 | 07:30
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Uma aliança inédita entre a indústria paulista e sindicalistas foi estabelecida ontem, em São Paulo, na tentativa de conter o aumento na importação, aumentar incentivos às empresas do Estado de São Paulo e assegurar a geração de empregos. A intenção é promover debate entre janeiro e fevereiro apresentando a visão dos trabalhadores, dos empresários e do governo.

Reuniram-se os presidentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, da categoria em São Paulo, Mogi das Cruzes e região, Miguel Torres, e o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, para articular medidas de proteção aos setores automobilístico, têxtil, calçadista e de eletroeletrônicos.

Segundo Nobre, a indústria paulista está encolhendo gradativamente. "Em 1995 representávamos 48,7% da indústria da transformação do País. Atualmente, esta participação caiu para 43%. No campo da empregabilidade também houve queda de 9% para 6% do total das vagas do País."

O sindicalista estima que 2010 será encerrado com 500 mil automóveis importados, volume semelhante à produção anual durante a década de 1980. Ele acrescenta que a indústria importa itens de alto tecnologia enquanto os de baixo valor agregado são produzidos nas filiais brasileiras.

A intenção do movimento é fazer levantamento da situação dos setores afetados e apresentar aos governos estadual e federal, cobrando incentivos como a redução do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) no Estado. Nobre destacou ainda que a medida do Banco Central de restrição do crédito foi impactante, mas o medo da alta na taxa de juros é maior.




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