Afinal, chocolate dá espinha? Essa é uma das primeiras perguntas que muitos se fazem antes, durante, ou depois de devorar uma suculenta barra da sobremesa. A resposta é simples: "Tudo em excesso faz mal", afirma a dermatologista do Hospital e Maternidade Christóvão da Gama, de Santo André, Adriana Ribeiro, também integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O fato é que muitos especialistas têm ideias diferentes em relação a esse questionamento, no entanto, não há pesquisa que comprove que o chocolate favoreça o aparecimento da acne.

"O doce não incentiva nenhum estímulo da glândula sebácea, porém, logicamente, ingerir um quilo de chocolate não é bom, principalmente porque os tipos que estamos acostumados a comer têm muito açúcar e gordura em excesso", explica o dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética - regional São Paulo, Valcinir Bedin.

A questão também varia dependendo do organismo de cada um, ou seja, cada caso é um caso. "Se você observa que um paciente fica com a pele pior depois de consumir chocolate, então deve prestar atenção. No entanto, é muito raro fazer uma associação concreta de que o alimento prejudique mesmo a pele", diz Adriana Ribeiro.

Segundo a especialista, o excesso do produto ainda pode incentivar o aumento do colesterol e da celulite. Portanto, nada de exageros.

O bom chocolate é o amargo, com 70% de concentração de cacau. "Os mais escuros e amargos são os melhores porque têm pouco açúcar e gordura", diz Valcinir Bedin.

Se o excesso pode fazer mal para o corpo, o consumo correto - de cerca de 30 gramas por dia do amargo - traz benefícios. "Estimula a endorfina, conhecida como o hormônio da alegria, da tranquilidade. É por isso que as mulheres durante o período menstrual sentem tanta necessidade", alerta o dermatologista.

Além disso, o chocolate amargo possui vitaminas C e E, que são antioxidantes, e cobre, que auxilia na manutenção dos cabelos, da pele e das unhas. Então, está avisado: é permitido comer, mas moderação é a melhor pedida.