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Obra de UPA embargada em Mauá causa medo

Moradores denunciam uso do espaço por usuários de drogas e mendigos

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
17/11/2011 | 07:00
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Com obras embargadas desde abril, quando a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo destacou que o espaço ocupa área de proteção permanente, o prédio da UPA do Jardim Maringá, em Mauá, está abandonado.

Há relatos de uso do espaço como abrigo para moradores de rua, esconderijo para usuários de drogas, além de casos de roubo de fiação elétrica e depredação do local por desconhecidos, segundo os moradores e comerciantes do entorno.

Localizada na Avenida Barão de Mauá, ao lado da Praça Alexandre Toshyuki Miney, na beira de córrego por onde corre lixo e esgoto, separado apenas por barranco irregular, o terreno e parte do prédio da UPA do Jardim Maringá estão sem vigilância há cerca de 15 dias, segundo comerciantes da Avenida Barão de Mauá.

"A quadra de futebol (ao lado da UPA) atraía muitos noias, mas agora a coisa está mais complicada, já que eles podem estar escondidos lá dentro", comenta o comerciante Antônio, que está há 14 anos no local e, por isso, preferiu não revelar sobrenome.

O comerciante Valdeci Bonfim, instalado na Avenida Barão de Mauá há quatro anos, destaca que o espaço vazio e sem segurança afasta clientes, principalmente à noite. "Ontem (terça-feira)mesmo ficamos sabendo que houve roubo de fios", conta. Outra preocupação deles é em relação à possibilidade de estupros e casos de violência no local, além do aumento de roubos e furtos pela redondeza.

Para os moradores, há necessidade de segurança 24 horas no prédio. "A gente fica amedrontado, porque pode ser surpreendido por alguém que sai dali a qualquer momento", diz o morador Reginaldo, que também preferiu dar apenas o primeiro nome.

A Prefeitura de Mauá informa que não há registros de reclamações relacionadas à obra da UPA no Jardim Maringá e que a Guarda Civil Municipal realiza rondas diárias no local.

Orçada em R$ 4 milhões, a Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Maringá aguarda resultado de análise da Cetesb sobre recurso municipal propondo compensações ambientais apresentado em maio.




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