Duas madeireiras de São Bernardo foram autuadas ontem pela Polícia Ambiental, durante operação comandada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente para fiscalizar madeira procedente da Amazônia. Cerca de 60 m³ do material foram apreendidos.
A região teve quatro pontos visitados: três em São Bernardo e um em Diadema. Dois estabelecimentos estavam em desacordo com as determinações de comercialização e estoque do produto, estabelecidas pela legislação e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Os pontos autuados ficam na Avenida Álvaro Guimarães, bairro Planalto, e na Rua dos Vianas, região central.
O líder da operação, tenente Marcelo Robis Francisco Nassaro, explica que a madeira irregular é “guardada” com o próprio comerciante. “Ele não pode, porém, mexer no material, sob risco de responder por depositário infiel.”
MULTA
O descumprimento da lei pode levar a uma multa de até R$ 150 mil, além de processo por porte de madeira nativa. A detenção é de seis meses a um ano. O dono da madeireira do Planalto, que teve o nome preservado pela Polícia, terá de pagar R$ 22.765,842.
“Vou acionar meu advogado e recorrer dessa multa. Tenho esse comércio há 25 anos e não sabia que tinha de ter autorização do Ibama para armazenar madeira em meu estoque. Vou procurar legalizar tudo”, disse o comerciante autuado.
Na lista de madeiras apreendidas, constavam lotes de cedrinho, melancieira, champanhe, piquiá e currupixá. Todas são madeiras nativas da Amazônia, que devem ser registras e controladas.
A ação foi a primeira realizada no Grande ABC desde o início do trabalho sob a responsabilidade da secretaria, em setembro. “A região não representa uma preocupação para o governo, apesar do setor moveleiro ser forte por aí”, disse o tenente Nassaro.
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