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Metalúrgicos apóiam demitidos da fábrica da Multibrás em SP
Por William Glauber
Do Diário do Grande ABC
17/01/2007 | 22:06
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Trabalhadores de cinco empresas metalúrgicas, localizadas próximas à unidade da Whirlpool (Multibrás) que demitirá 430 empregados e encerrará as atividades no Jardim Santa Emília, na Capital, limite com São Bernardo, participaram nesta quarta-feira pela manhã de protesto na porta da multinacional. Em solidariedade aos colegas da fabricante de fogões, geladeiras e máquinas de lavar das marcas Consul e Brastemp, cerca de 1,2 mil metalúrgicos paralisaram as plantas vizinhas por uma hora.

O ato reuniu trabalhadores da Driveway, Anthes, Máquinas Piratininga, PS Indústria e Comércio e Montisanti. O apoio, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (filiado à Força), foi realizado porque a categoria teme os efeitos em cascata do encerramento das atividades na unidade da multinacional.

O presidente da entidade de representação, Eleno Bezerra, puxou o protesto, e, em assembléia, os trabalhadores deliberaram pela continuidade da ocupação da empresa. Segundo o sindicato, os trabalhadores somente desocupam a unidade após a apresentação de nova proposta da empresa.

Nesta quinta-feira, sindicalistas e diretores da Whirlpool reúnem-se mais uma vez, na empresa, para retomar as negociações. À tarde, o sindicato realiza outra assembléia para informar o resultado das conversas. Segundo Bezerra, como a produção de fogões será transferida para Rio Claro, protestos poderão ser organizados na planta.

A Whirlpool anunciou na segunda-feira o fechamento da unidade na Capital. Aos demitidos, a empresa oferece o incentivo financeiro de 0,5 salário por ano trabalhado, com teto de R$ 5 mil. O sindicato, no entanto, exige o pagamento de 1 salário por ano trabalhado, sem teto, um ano de cesta básica e convênio médico.

Para qualificar os demitidos, a entidade também exige um curso de 200 horas para auxiliar na recolocação. “Queremos todas as garantias para os que têm estabilidade no emprego, como cipeiros e trabalhadores com doenças profissionais, e negociar estabilidade e pagamento de aluguel durante um ano para os transferidos”, exige Bezerra.




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