Um levantamento sobre o perfil dos cerca de 92,5 mil médicos que atuam no Estado de São Paulo, divulgado terça-feira pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), aponta São Caetano como a quinta cidade com maior taxa de médicos por 1.000 moradores: 4,45.

O município perde para Botucatu (6,10), Santos (5,94), Ribeirão Preto (5,70) e Campinas (4,84). Um dado que pode influenciar no resultado é o fato de nesses locais haver campus universitários com faculdades de Medicina.

O estudo do Cremesp mostra como São Caetano tem bem mais médicos do que a média estadual, de 2,3 profissionais por mil habitantes, e do Brasil, com 1,7.

Se comparado aos 30 países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que possuem índice médio 3, o desempenho brasileiro está na frente apenas de Coréia, 1,6, e, Turquia, 1,5.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Médicos do Estado de São Paulo, Henrique Carlos Gonçalves, o Brasil possui médicos suficientes para atender a população, mas eles estão mal distribuídos pelo País.

“O médico se fixa em torno de grandes centros de equipamentos de saúde”, observa.

Mulheres - A pesquisa do Cremesp revela que pela primeira vez no Estado as mulheres são maioria entre os novos médicos inscritos.

Dos 3.030 formandos que se inscreveram em 2006, 1.568 são mulheres e 1.462, homens. Dados que indicam que 51,75% dos que se iniciaram na carreira eram médicas.

Apesar do ineditismo, a participação masculina ainda predomina na profissão. Dos 92.558 médicos inscritos no Cremesp, 35,5 mil são mulheres e 57 mil homens, 38,35%, e 61,65%, respectivamente.

O estudo também aponta uma tendência de juvenilização da categoria. Os dados mostram que mais de um quarto dos médicos, ou 28,67%, exerce a profissão há nove anos ou menos, sendo que metade desse grupo, ou 14,42% do total, trabalha há quatro anos ou menos. A média de idade da classe médica é de 42 anos.