Automóveis Titulo Impressões ao dirigir
Agressivo sem abrir mão da classe

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Por Vagner Aquino
do Diário do Grande ABC
02/11/2011 | 07:00
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Ter um Mercedes-Benz sempre foi sinônimo de luxo, de status e, por que não dizer, de poder. Quando criança, ao brincar com carrinhos, sempre havia um exemplar que carregava a estrela de três pontas no capô do motor. Nas novelas, personagens bem-sucedidos tinham uma unidade na garagem. Nas ruas, era raro, mas não impossível, encontrar um ou outro modelo passeando - principalmente nas zonas nobres.

Avaliamos o modelo de entrada da marca, o Classe C, mas na versão topo de linha - o C 250 Turbo Sport. Mesclando glamour e esportividade, o modelo não sai por menos de R$ 190,9 mil.

No mercado desde maio deste ano, a nova geração do sedã é mais apimentada e dosa com maestria a classe e a agressividade. Na estética, destaque para as entradas de ar central e laterais em forma de, molduras cromadas nas janelas, maçanetas na cor da carroceria, além de spoiler e para-choque que priorizam a aerodinâmica. Há LEDs nos retrovisores externos, lanternas e faróis - o Intelligent Light System fica responsável pela iluminação mesmo durante o dia.

No tamanho, a generosidade dos 4,59 metros de comprimento não reflete tanto no interior. Não chega a ser ruim, mas também não é tão espaçoso quanto se pensa.

Na hora de dirigir, me incomodou um pouco a altura do carro. Ao fechar a porta, a linha da janela lateral bate nos ombros. Minha primeira atitude foi levantar o banco, mas com apenas alguns toques no botão de regulagem de altura (elétrico) a cabeça começou a encostar no teto. Sim, isso acontece porque, apesar de a carroceria ser de sedã, o modelo - que tem suspensão rebaixada - remete a pura esportividade.

Na cabine, a sofisticação dos bancos de couro casa com a proposta do pacote AMG - que traz teto em tom negro, bancos dianteiros, pedais e volante esportivos. Fazem parte do kit rodas de 17 polegadas com design AMG, direção sensível à velocidade e escapamento em aço inoxidável.

 

Combinação mecânica no ponto certo

Passados os malabarismos para ajustar a melhor posição de dirigir, é hora de desbravar o coração desta máquina.

Quando dou partida no motor - 1.8 turbo de 204 cv - sou surpreendido por um ronco empolgante. Com as mãos no volante esportivo (multifuncional com 12 botões) e o pé no acelerador, a adrenalina aumenta ainda mais. Com torque de 31,5 mkgf, entre 2.000 e 4.300 rpm, o C 250 Turbo Sport chega aos 100 km/h em 7,2 segundos. O novo câmbio 7G-Tronic Plus (como sugere o próprio nome, com sete velocidades) não foge à regra e proporciona total agilidade nas respostas. Mas o modelo em questão tem alma esportiva, melhor trocar as relações no modo sequencial.

Para conter toda essa fúria (afinal, na maioria das vias de São Paulo, deve-se trafegar abaixo dos 60 km/h) opto pelo limitador de velocidade - puxando a alavanca para cima aumento a velocidade desejada, para baixo, diminuo.

A suspensão é extremamente firme. Muito melhor do que a de alguns sedãs de mesmo porte, que oferecem extrema maciez e suavidade.




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