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Vazamento de óleo diesel da Petrobras atinge rios no PR
Do Diário OnLine
17/02/2001 | 18:34
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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Petrobras ainda não sabem informar quais são as conseqüências ambientais causadas pelo vazamento de 1,2 mil litros de óleo diesel de um oleoduto da empresa em Morretes, na Serra do Mar, no Paraná. Cerca de 500 homens da Petrobras e de empresas terceirizadas estão no local para a limpeza e proteção da área, que fica dentro da reserva da Mata Altântica. As manchas de óleo, que atingem o Rio Sagrado e a Baía de Antonina, já chegam a oito quilômetros de extensão e já mataram diversas espécies de peixes.

Técnicos do IAP estão no local e devem divulgar um laudo com as causas do acidente e com os impactos ambientais na próxima semana. As equipes contam com seis barreiras de contenção de óleo e quinze caminhões de sucção para ajudar no trabalho de retirada e contenção do óleo.

O gerente de Meio Ambiente da Petrobras, Iranir Carlos Varella, estima que o trabalho de limpeza do vazamento do óleo possa durar quatro dias. Varella, em entrevista à GloboNews, disse que as barreiras para contenção do óleo estão sendo colocadas no local do acidente e dentro de um raio de 10 quilômetros.

Segundo Varella, a mancha parece maior porque ela está se expandindo pela agitação das águas. Ele explicou que, como a mancha fica com maior extensão, mas com uma espessura menor, o trabalho para absorver o óleo fica mais fácil.

A gerência do terminal da Petrobras em Paranaguá informou que o sistema não estava em funcionamento quando ocorreu o vazamento. Desde segunda-feira, sete milhões de litros de óleo diesel estão armazenados no oleoduto. O oleoduto tem 96 quilômetros de extensão e 26 anos. Segundo a empresa, o oleoduto tem uma vida útil de 100 anos. Outros números — O secretário-executivo do Conselho do Litoral da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná, Milton Bonato, disse neste sábado, em entrevista à Rádio CBN, que o volume de óleo derramado pode ser maior que o informado pela empresa. Segundo o secretário, o Instituto Ambiental do Paraná não assume esse número e que técnicos do governo paranaense acreditam que o volume é bem maior.




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