Foi Dario quem montou a equipe ao indicar a contrataçao de Gallo, Romildo, Velloso e Belletti, além dos reservas Adriano, Curê e Baresi. Depois de ter sido campeao mineiro e de 20 jogos no Brasileiro, ele foi demitido após as derrotas para o Paraná (4 a 0) e Guarani (4 a 1). Os dirigentes alegaram que o treinador havia faltado a um treino. "Foi a desculpa que deram", conta Dario. "O time teve altos e baixos porque tinha jogadores machucados.

Humberto Ramos assumiu o time na véspera da vitória sobre o Grêmio por 2 a 0. Foi o início da arrancada. O atual treinador ressalta que fez mudanças. O meia Bruno passou a atuar na lateral-direita, o volante Valdir foi jogar na frente da defesa. O zagueiro Caçapa ganhou liberdade para atacar. "Mas aprendi muito com Dario", admite Humberto, ex-meia do Atlético, campeao brasileiro em 1971. "É acessível, amigo, tem caráter e é bom profissional."

Dario agradece e também faz elogios. "Nao posso dizer se o Atlético ainda tem muito do meu trabalho, porque Humberto está treinando bem o time", diz o uruguaio, que, desde sua saída do Atlético, só conversou com Humberto Ramos uma vez, por meio de uma emissora de rádio. "Quando estava no clube ele era o supervisor; certamente observou a minha maneira de dirigir a equipe e pode ter aproveitado alguma coisa."

Dario admite que o Corinthians tem mais craques, mas tem certeza de que a equipe mineira pode ser campea. Ele destaca a garra do Atlético como grande virtude. No time paulista, ressalta a força no meio-de-campo e no ataque. "Mas a defesa é vulnerável", diz. "Cada time tem 50% de chances."

O jogo deste domingo será decisivo, segundo Dario. "O Atlético nao pode jogar no Morumbi em desvantagem", diz o treinador, que até sonha com a faixa de campeao. "É claro que ficarei contente com o presente."