Setecidades Titulo Santo André
Polícia mata suspeito
de crime contra sargento

Garçom Thiago Nascimento Silva morreu na noite de quinta
após se envolver em suposto tiroteio com policiais militares

Rafael Ribeiro
do Diário do Grande ABC
20/10/2012 | 07:00
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O garçom Thiago Nascimento Silva, 26 anos, morreu na noite de quinta-feira após se envolver em suposto tiroteio com policiais militares da Força Tática de Santo André na porta de sua casa, no Jardim Santa Cristina.

Segundo a corporação, ele é suspeito de participação na execução do sargento reformado João Luiz de Paula Ferreira, 55, no em 8 de setembro, e reagiu à abordagem.

A família contesta. Diz que Silva, enterrado na tarde de ontem no Cemitério do Curuçá, foi perseguido por ter ficado os quatro últimos anos preso por um assalto à mão armada cometido em 2008. O caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), na Capital.

De acordo com os policiais militares, o garçom saía de casa quando avistou as viaturas e reagiu disparando dois tiros com revólver calibre 38. Uma das balas chegou a acertar o veículo. No revide, acabou atingido na cabeça por disparo de calibre 12. Socorrido ao Pronto-Socorro Municipal, não resistiu aos ferimentos.

Silva seria um dos dois homens que estariam na moto de onde partiram os dois disparos que acertaram Ferreira fatalmente no coração e perna, em frente à padaria Vitória Régia, na Vila Pires. Testemunhas o teriam reconhecido após o serviço de inteligência confirmar sua participação.

"Foi perseguição por ele ter antecedentes criminais", disse a irmã do garçom, a assistente administrativa Thalita Secundino Ribeiro, 19. "Meu irmão cumpriu a pena dele. Vinha tentando se acertar", completou.

Segundo ela, Silva iria começar a trabalhar ontem em restaurante no Centro da cidade. Na hora do ocorrido ele estaria voltando do Poupatempo local, na Vila Luzita, onde teria ido retirar a segunda via de sua documentação.

"Foi execução", apontou Thalita. "Como ele andava armado se estava querendo trabalho? Ele estava recuperado. O sentimento da família é o pior possível. Justiça quem deve fazer é Deus", concluiu a assistente, em meio as cerca de 100 pessoas do bairro que compareceram ao enterro de Silva.




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