A partir das 0h de amanhã, entra em vigor o horário de verão. Os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do País e no Estado do Tocantins. A economia com energia elétrica chegará a R$ 280 milhões no período, segundo avaliação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Nos 24 municípios atendidos pela AES Eletropaulo, a concessionária prevê reduzir o consumo em 4,5% (180 MWh). Neste ano, o horário de verão vigora por 119 dias, até o dia 17 de fevereiro.

A mudança nos relógios pode afetar a saúde. Segundo o neurologista da Faculdade de Medicina do ABC, Rubens Wajnsztejn, o normal é que a adaptação do relógio biológico leve de três dias a até uma semana. "Para não sentir tanto a diferença, é importante adotar a hora do relógio, e não ficar descontando o tempo todo", explica.

Portanto, manter a rotina é importante para evitar sintomas desagradáveis como cansaço e diminuição dos níveis de atenção e concentração. "Tem gente que não gosta do horário de verão e passa o tempo todo reclamando. Isso é mais psicológico, mas essas pessoas geralmente sentem como se tivessem lhes roubado uma hora do dia, e o cansaço bate."

Para se adaptar ao horário, deve-se evitar situações estimulantes no fim da tarde e a noite, além de consumir menos café e chá preto. Outras atitudes também podem prejudicar o descanso, tais como se alimentar demais no jantar, ir dormir sem comer, tomar banho muito frio ou muito quente, e ler livros ou ver filmes muito estimulantes nas horas anteriores ao sono. Quem toma remédios não deve fazer alterações nos horários e continuar seguindo o relógio independentemente da mudança.