Com o cenário político indicando polarização da eleição de 2016 em São Caetano entre o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) e seu antecessor, o secretário estadual de Esporte, Lazer Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), vereadores já começam a se movimentar para consolidar espaço na oposição, situação ou até mesmo com a criação de terceira via.

Os parlamentares Fabio Palacio (PR) e Beto Vidoski (PSDB) se uniram para aprofundar o debate e se fortalecerem. Diante da falta de sinalização de Pinheiro sobre a composição para 2016, a dupla faz planos para seguir o próprio caminho ou até ganhar poder para composição com um dos lados na briga eleitoral.

Distante do Palácio da Cerâmica, ambos se legitimariam para se lançarem como alternativa à polarização de Pinheiro e Auricchio. Essa hipótese, entretanto, implicaria no primeiro confronto dos dois, de quem abriria mão de ser cabeça de chapa. Vidoski é tucano, sigla em que Auricchio é muito bem quisto e transita com facilidade. Palacio teria caminho mais tranquilo para garantir legenda no PR.

Os outros possíveis caminhos de Vidoski e Palacio vão depender da disposição da polarização. Quando Pinheiro começar composição de grupo para tentar reeleição, a dupla poderá cobrar espaço na vaga de vice. A mesma situação pode ocorrer com Auricchio, já que Palacio e Vidoski foram eleitos na coligação montada pelo petebista e que deu base à ex-prefeiturável derrotada Regina Maura Zetone (sem partido) – que também não descarta concorrer novamente ao Paço.

PROTAGONISMO
Palacio e Vidoski estiveram presentes nas duas principais atividades políticas em São Caetano neste mês. No dia 5, o presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves, fez palestra em bufê no bairro Mauá com ambos no papel de anfitriões. Na atividade, aliás, Auricchio teve status de estrela, o que incomodou interlocutores de Pinheiro.

Em seguida, os vereadores avalizaram apoio à dobrada de Alex Manente (PPS), que tenta vaga de deputado federal, com Orlando Morando (PSDB), que busca reeleição a deputado estadual. A participação da dupla também gerou críticas no governo, porque a dobrada não é oficial do Paço e tem mais ligação política com Auricchio.

Nos últimos meses, Pinheiro deixou de atender demandas solicitadas por Palacio e Vidoski, acusou o tucano. “O tratamento que recebo agora é outro”, visualizou Vidoski.