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Música pesada
a favor da
paz no mundo

Banda israelense Orphaned Land apresenta
novo repertório hoje, às 17h, em São Bernardo

Por Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
02/06/2013 | 07:00
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Divulgação


Se alguém ainda tem dúvida de que a arte é uma linguagem única, não importa qual o lugar do mundo, e mais, que ela pode unir povos, o israelense Orphaned Land prova que isso é verdade.

O grupo, que mistura em sua música doom, metal e elementos sinfônicos, sem deixar de fora as raízes de sua cultura, volta ao Brasil e se apresenta pela primeira vez na região. A banda toca hoje, em São Bernardo, no Principios Bar, a partir das 17h. As entradas, à venda no site www.ticketbrasil.com.br e na bilheteria da casa, custam de R$ 70 a R$ 120. Antes, para aquecer o público, sobem ao palco as bandas Demolition Inc, Pastore e Seventh Seal.

Com novo disco na mão, All is One, um dos motivos da visita ao País, a banda formada por Kobi Fahri (voz), Yoss Sassi (guitarra), Chen Balbus (guitarra), Uri Zelcha (contrabaixo) e Matan Shmuely (bateria), que vê de perto os conflitos religiosos e políticos em sua região, segue na luta pela paz e união dos povos.

“O disco lida diretamente com a realidade do Oriente Médio”, diz o guitarrista Balbus. “Todos nós temos que viver em guerras, massacres, derramamento de sangue em nome de religião e de políticas que levam ao ódio, embora exista sempre algo bom de cada lado, que busca paz e unidade. All Is One fala sobre ‘por que não conseguem ver que somos todos um só?’. Esperamos que o disco ilumine algumas, ou várias mentes, a favor da paz e da unidade pelo poder que a música tem.”

All Is One, sétimo lançamento – sem contar trabalhos gravados ao vivo –, chega às lojas do Exterior dia 25 e traz 11 composições. Gravado em Israel, Turquia e Suécia, o título coloca fim ao hiato de três anos sem trabalho de inéditas. Os experimentos sonoros, que já são de praxe em sua música, seguem firmes na nova empreitada.

“Nós sempre fomos exploradores de sonoridades. Sempre nos fascinou encontrar novos instrumentos que caibam em nossa música. Usamos instrumentos que se relacionam de alguma forma com as nossas raízes. Um deles é o bouzouki, um instrumento grego, além do Saz (Baglama), que é um instrumento turco. Nós sempre levamos a nossa cultura em nossa música. E mais culturas que achamos interessantes e que podem adicionar outro sabor à nossa música.”

O disco aborda temas diferenciados. “Há canções muito tristes no álbum, como Children, que fala das crianças que têm de viver em um mundo de guerras e ódio”, afirma Balbus.

Religião é tema da música do Orphaned Land, sempre tendo em vista o cessar das guerras, de acordo com o músico. “Religião é de alguma forma parte da nossa música. Nós a usamos para fazer com que as pessoas entendam que não há necessidade de guerras e ódio neste mundo, quando a maioria procura paz.”

Diante dessa luta toda, não sem motivo, os israelenses, que já completam duas décadas de estrada, se consideram embaixadores da música em seu país. Receberam quatro prêmios pela paz e também estiveram em uma petição para nomear o Orphaned Land ao Prêmio Nobel da Paz.

Orphaned Land – Música. Hoje, a partir das 17h. No Principios Bar – Rua Marechal Deodoro, 640. São Bernardo. Tel.: 4994-7565. Ingr.: R$ 60 a R$ 120.




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