A Argentina está negociando "sete acordos de uma vez e a Alca não é o mais importante", disse Redrado, explicando que em todos eles o objetivo é "ganhar mercado para as exportações e assinar tratados que tenham reciprocidade". A declaração foi feita em entrevista ao jornal Clarin.
O funcionário descartou que a iminente reunião em Miami venha a fracassar com a da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancun, em setembro passado. Entretanto, ele avaliou que "México e Chile querem uma Alca hemisférica nos temas que interessam aos Estados Unidos, enquanto nós, com o Brasil, preferimos um tratado bilateral ".
Os presidentes argentino, Néstor Kirchner, e brasileiro, Luiz Inácio Lula de Silva, se comprometeram a fechar posições frente a temas que envolvam o interesse regional nos foros internacionais para levar uma postura unificada, como no caso do encontro da Alca.
O chanceler argentino, Rafael Bielsa, destacou a postura ao lembrar que a estratégia é negociar "em condições de igualdade" com o sócio mais importante do Mercosul. Buenos Aires e Brasília esperam reciprocidade nas negociações com os Estados Unidos. Em particular, querem que se levantem as barreiras protecionistas no setor agropecuário e do aço para que, em contrapartida, a região acorde temas chaves para Washington, como serviços e tratados de investimentos estrangeiros.
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