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Exército israelense mata 4 palestinos e intensifica incursões
Por Das Agências
02/08/2002 | 09:08
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Soldados israelenses mataram quatro palestinos na madrugada desta sexta-feira, sendo três na região de Nablus (Cisjordânia) e um na Faixa de Gaza, em uma série de operações realizadas menos de 48 horas depois de um atentado suicida cometido na Universidade Hebraica de Jerusalém.

Raed El Amad e Naaman Zalum morreram em Nablus durante um tiroteio, quando unidades blindadas israelenses invadiram a cidade antiga, segundo fontes de segurança palestinas.

Quase 80 tanques e blindados de transporte de tropas entraram na parte antiga da cidade, segundo as mesmas fontes. A cidade já havia sido devastada em abril, quando foi ocupada pelo exército israelense.

O porta-voz das forças israelenses confirmou que se tratava de uma operação de grande envergadura. "Nablus é um centro de operações terroristas", afirmou, fazendo referência aos recentes atentados nos quais dez pessoas morreram desde a última terça-feira. "Nossas forças cercam a área antiga e a rastreiam sistematicamente em busca de terroristas", acrescentou.

Na quarta-feira, o exército já havia imposto um estrito toque de recolher em Nablus depois do atentado na Universidade Hebraica do monte Scopus, em Jerusalém, quando sete pessoas morreram. Porém, até o momento, a cidade antiga não havia sido invadida.

Na área de Nablus, na cidade de Salem, as tropas israelenses mataram o militante do movimento Hamas Amajad Jabur. Um vizinho de Jabur afirmou que ele "foi morto à queima-roupa pelos militares quando já havia se rendido". A versão dada pelos soldados é diferente. Eles dizem que Jabur morreu "quando tentava fugir".

O quarto palestino foi morto pelas tropas israelenses quando estas invadiram com tanques e escavadoras a cidade de Rafah, Sul da Faixa de Gaza, informaram fontes da segurança palestina. Os soldados israelenses demoliram uma casa durante a operação.

O número total de mortos desde o início da Intifada, há 22 meses, é de 2.399, sendo 1.770 palestinos e 586 israelenses.

Por outro lado, durante a noite na Cisjordânia, os militares israelenses destruíram duas casas de palestinos mortos no ano passado em atentados antiisraelenses.

Ahmad Alian, militante do movimento Hamas, morreu quando explodiu uma bomba no dia 4 de março de 2001 em Netanya, ao norte de Tel Aviv, matando outras três pessoas.

Hatem Cheikh, militante da Jihad islâmica, morreu no dia 4 de novembro de 2001 depois de ter metralhado um ônibus em um cruzamento em Jerusalém leste, ocupada e anexada, matando dois israelenses.

O exército israelense já havia destruído na manhã de quinta-feira duas casas na Cisjordânia, uma delas a de um camicase palestino em Beit Jala, perto de Belém. Este último, Hazem Atta Yussef Sarayra, de 19 anos, se matou na terça-feira ao detonar uma carga explosiva no centro de Jerusalém, ferindo sete pessoas.

O comando militar israelense ordenou na quinta-feira a expulsão para a Faixa de Gaza de dois irmãos de militantes palestinos da região de Nablus, ao norte da Cisjordânia.

Se tratam de dois irmãos de militantes que participaram do ataque contra um ônibus da colônia judaica Emmanuel no dia 17 de julho, no qual morreram nove pessoas.




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