O Multishop – outlet popular na avenida Robert Kennedy, em São Bernardo – sofreu algumas mudanças para contornar problemas de falta de segurança que expunham lojistas e freqüentadores a risco em caso de incêndio. Na madrugada do último dia 6, houve incêndio no centro de compras que destruiu parte dos boxes e, na quinta-feira passada, ocorreu um curto-circuito na praça de alimentação que teria provocado um princípio de fogo. O shopping voltou a operar parcialmente poucos dias depois do incêndio, no início do mês, em área não atingida pelo fogo e com novos boxes, mas a reportagem constatou na semana passada que não havia saída de emergência no local e que o hidrante estava em espaço que impossibilitava acesso e utilização imediata em caso de incêndio. Segundo lojistas que preferiram não se identificar, a administração do centro comercial fez as pequenas adaptações sábado, sábado, dia em que o Diário publicou reportagem denunciando as condições irregulares.

Neste domingo, o Diário verificou que o boxe de games e eletrônicos que fechava acesso ao hidratante na área em operação do outlet foi deslocado para permitir entrada na área onde está o equipamento. Foi adaptada u-ma saída de emergência. Uma escada, cujo acesso estava fechado quando da presença da reportagem na última quinta-feira, foi aberta. A reportagem tentou contato com a administração do outlet domingo à tarde, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.

O Multishop não obteve autorização oficial para operar depois do incêndio. Tanto o Corpo de Bombeiros como a Prefeitura – por meio da Secretaria de Obras – informaram na última sexta-feira que não foram acionados para vistoria de equipamentos e fiscalização do espaço. Neste caso, a autorização de reabertura cabe ao setor da administração municipal, que sugeriu solicitação do serviço no Poupatempo de São Bernardo.

Defesa pessoal – Na semana passada, a chama que surgiu na área de fast-food foi apagada por um lojista. Segundo testemunhas, ele lançou mão de um extintor por conta própria porque não haveria no local, na ocasião, ninguém treinado para lidar com a situação. A administração negou a versão, mas não soube explicar porque foi um lojista, e não um funcionário treinado, quem tomou a iniciativa de apagar a chama.