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Liderança em pesquisa deixa Quércia surpreso
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17/12/2005 | 08:18
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O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) disse sexta-feira, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que ficou surpreso com a liderança apontada pela pesquisa do Instituto Datafolha ao governo do Estado. “Evidentemente, eu surpreendi-me, pois não existe ainda a candidatura. Mas existe a disposição de o MDB (sic) de eleger o governador de São Paulo”, completou.

Quércia, que visita a cidade e região até este sábado, afirmou, no entanto, que o desempenho se deve à força no Estado, que governou entre 1987 e 1991, mas também à rejeição contra o PT e o PSDB.

“Eu tenho minha força, mas tem a questão da rejeição que existe em razão da política econômica de governo, da falta de crescimento do Brasil, o que não ocorre há 20 anos”, afirmou ele, que disse ter mantido a coerência nas críticas à política econômica.

Se ele fala que o nome do candidato a governador pelo PMDB só será escolhido entre março e abril, o líder do PMDB na Assembléia Legislativa, Luiz Felipe Baleia Rossi, que o acompanhou na viagem, foi mais direto.

“Ele disse-me que pensava em sair candidato a deputado federal, mas, com a pesquisa, as coisas mudaram”, afirmou. De acordo com o levantamento, Quércia lidera em todas os cenários ao governo de São Paulo.

Vantagem – No que tem mais vantagem, o ex-governador de São Paulo tem 33% das intenções de votos e a ex-prefeita da capital paulista Marta Suplicy (PT), 22%. Nesse caso, o adversário do PSDB seria o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza.

No cenário mais equilibrado, Quércia, com 24% das intenções de voto, aparece num empate técnico com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com 23%, e com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), com 20%.

Se a situação do PMDB no Estado se tornou confortável após a sondagem apontar o ex-governador como líder na disputa ao governo do Estado, ele disse acreditar que, em âmbito nacional, a rejeição à candidatura do secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio, Anthony Garotinho, é o maior entrave do partido.

“Um dos problemas que nós temos hoje no PMDB é que há uma reação muito grande contra a candidatura do Garotinho, de lideranças importantes no partido”, disse Quércia. O ex-governador afirmou que não rejeita a candidatura dele e que aceitará o nome que vier a ser indicado pela legenda.

“Mas, quando há um movimento de se querer acabar com as prévias (no PMDB), é um problema de reação em relação ao Garotinho”, exemplificou. Quércia declarou ainda que, exceto a recém-declarada pré-candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), não há outro candidato a presidente na sigla.

Sobre a possibilidade de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, ser o nome de consenso da agremiação, o ex-governador foi sucinto: “Não acredito muito no Jobim”.

Quércia avaliou ainda que a candidatura do PMDB ao governo estadual ainda depende de uma união do partido, nacionalmente. “É a hora de o PMDB fechar-se em torno de um candidato que some o partido”.




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