Uma novidade no comando da exposição marca esta edição. Pela primeira vez as cartas são dadas por um curador não-europeu, o nigeriano Okwui Enwesor. Na recém-encerrada 25ªBienal Internacional de São Paulo (considerado o terceiro maior evento de artes visuais do mundo; o segundo é a tradicional Bienal de Veneza), também pela primeira vez a curadoria ficou a cargo de um estrangeiro, o alemão Alfons Hug.

Cildo Meireles, que fez garrafas de Coca-Cola com a inscrição “Yankees, go Home” e notas de 1 cruzeiro carimbadas com a frase “Quem Matou Herzog?”, colocará carrinhos pela cidade de Kassel distribuindo “picolés” feitos apenas de água.

Serão três tipos de “picolé”, com formas e cores distintas (palitos também de formas diferentes). Os palitos mostram as inscrições desapearing element quando o gelo está derretendo, e desapeared element após o término do “sorvete”. Quer dizer, Cildo traçou uma crítica ao problema da falta de água potável no mundo.

Artur Barrio também levará sua arte para as ruas de Kassel. Ele fará intervenções ao ar livre pelas ruas e em um bosque. Como exemplo, alimentos e bebidas serão servidos ao público em uma clareira.

O evento Documenta foi iniciado em 1955. De lá para cá, aconteceu a cada quatro ou cinco anos. Outros artistas brasileiros já participaram desta importante mostra européia, como Cabelo. Esta edição contará com nomes como o da franco-americana Louise Bourgeois.

Mais informações sobre a mostra podem ser obtidas pela internet, pelo site www.documenta.de.