Segundo o jornal, o vice-presidente da Comissão européia e comissário encarregado da reforma administrativa, o britânico Neil Kinnock, pediu a altos funcionários que respondam a um "questionário sobre fraude" para verificar se as práticas descobertas dentro do Eurostat não se repetiram em outros setores.

O Eurostat foi sacudido nos últimos meses por vários casos de fraude cometidos há alguns anos. Na semana passada, Kinnock revelou "a prática relativamente comum" no Eurostat até 1999 de se criar contas secretas ilegais, por onde desapareceram milhões de euros.

O Financial Times destaca que os responsáveis da comissão admitiram que esta prática, destinada a dar mais "flexibilidade" ao trabalho da União Européia, permaneceu até o final dos anos 90.

Kinnock pediu aos funcionários mais graduados de cada setor que verifiquem se todos os contratos realizados estão de acordo com a legislação da UE.

O Parlamento Europeu exigiu a renúncia da Comissão em 1999 após os escândalos de desvio de fundos e malversação.