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Granja descarta rótulo de chinelinho
Por Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
05/08/2011 | 07:06
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Marcado pelo histórico de lesões, Elder Granja foi apresentado ontem pelo São Caetano para a sequência da Série B do Brasileiro e descartou o rótulo de chinelinho, jogador que passa muito tempo no departamento médico. O lateral-direito, que estava encostado no Vasco, justifica que se contundia com frequência por conta de um desvio de quadril.

"Foi o Filé (Nilton Petroni, fisioterapeuta) que descobriu isso quando eu estava no Internacional. Essa história (chinelinho) surgiu lá, mas as pessoas precisam saber o que acontece antes de falar. Não vou dizer que não existe, mas não é o meu caso, tanto que depois que corrigi o desvio no quadril fui para o Palmeiras e fiz 56 jogos na temporada 2008", comenta.

Elder Granja diz não saber porque o Vasco o afastou do elenco. Ontem o lateral fez a primeira atividade coletiva após quatro meses no jogo-treino contra o Juventus, no Anacleto Campanella.

Uma das hipóteses para a exclusão pode ser porque tentou se transferir para o São Paulo, em 2010, após o contrato de empréstimo ao Atlético-PR, clube em que trabalhou com o técnico Paulo César Carpegiani. "Ele queria me levar, mas não me liberaram. Não sei o que levou o Vasco a me afastar, mas seja o que for, creio que poderia ter agido diferente", opina.

Segundo Granja, ao chegar ao clube Ricardo Gomes tentou reintegrá-lo. "Disse a ele que não queria porque não tinha mais clima para ficar no Vasco. Ele entendeu."

O jogador também revelou mágoa com seu ex-empresário por "furar" em uma negociação quando ainda defendia o Palmeiras , em 2008. "Ele (preferiu não revelar o nome) disse que tinha proposta da Junvetus (Itália), só que depois veio com uma conversa que não deu certo por causa da crise econômica. Só que havia possibilidade de eu me transferir para o Santos ou São Paulo. Ele me aconselhou a não fechar porque a opção pelos italianos era melhor. Aí fiquei sem nada e também perdi a chance de renovar com o Palmeiras. Por conta disso dispensei o empresário."

Embora não estivesse treinando com bola, Granja garante estar bem fisicamente e pronto para enfrentar o Goiás na terça-feira. O jogador, que em dezembro passa a ser dono de seus direitos federativos, está emprestado até o fim do ano.

Ricardo Xavier aposta na reação e acredita no acesso

Com a experiência de quem ajudou o Guarani a conquistar o acesso à Série A do Brasileiro em 2009, o atacante Ricardo Xavier, apresentado ontem juntamente com o lateral Elder Granja, usou discurso realista e alertou que só o "grupo" pode devolver o São Caetano ainda este ano à elite nacional.

Ao ser questionado sobre as reais chances de o time subir, mesmo estando na zona de rebaixamento (18º com 16 pontos), resumiu: "É difícil, mas não impossível. O elenco é bom, tem qualidade. Mas isso não basta. Se todos derem o melhor de si, podemos chegar", disse.

O atacante usa um exemplo concreto para exemplificar o que o Azulão pode fazer para ganhar posições na tabela de classificação. "O Goiás também estava na zona de rebaixamento e, com a troca de treinador (Márcio Goiano, ex-São Caetano, foi o escolhido) e a chegada de reforços, conseguiu se recuperar após quatro vitórias seguidas." O São Caetano está a sete pontos do Náutico, hoje o quarto colocado com 23 pontos.




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