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Fuzileiros navais são executados na favela do Boogie-Woogie, no Rio
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17/05/2006 | 08:49
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Dois fuzileiros navais foram executados na madrugada de terça-feira por traficantes de drogas, na favela do Boogie-Woogie, na Ilha do Governador, na zona Norte do Rio. Filipe Vieira Pereira e Elias Antônio Alves, ambos soldados e de 21 anos, foram mortos dentro da casa onde moram suas namoradas, num beco do morro. Alves serviu na missão brasileira no Haiti.

A polícia acredita que eles foram executados por um grupo de sete criminosos da facção criminosa CV (Comando Vermelho), que atacava a favela, dominada por bandidos de um grupo rival, o TCP (Terceiro Comando Puro). Os criminosos queriam pontos-de-venda de drogas.

“Poderia ter acontecido com qualquer um”, disse o delegado Luís Lima, da delegacia da Ilha. Um dos invasores foi identificado como João Paulo dos Santos Barbosa, o Bibinha, 25 anos. A polícia irá pedir sua prisão à Justiça. Ele já havia tentado invadir o Boogie-Woogie outras vezes.

Segundo o delegado, depoimentos indicam que os rapazes foram executados porque, no momento da invasão, os bandidos do CV acharam se tratar de traficantes do TCP. Os jovens estavam na casa das namoradas. Elas moram juntas, na companhia de mais uma amiga – as três trabalham como faxineiras e vivem há seis meses num imóvel alugado.

Uma das janelas da casa estava com o vidro quebrado e os bandidos, que subiam o morro, olharam pelo buraco e viram que um dos soldados estava lá dentro. Eles então arrombaram a porta da frente e arrastaram os fuzileiros para fora. Os dois foram mortos com vários tiros na cabeça – em dois pontos diferentes do morro, próximos à residência.

Invasão – Durante a invasão, os traficantes lançaram bombas de fabricação caseira para intimidar os moradores e mostrar que eles estavam no morro.

As namoradas dos militares, que têm 21 e 23 anos e não tiveram as identidades divulgadas por motivo de segurança, saíram correndo, desesperadas. Elas pretendem deixar a favela, com medo de também serem mortas. As duas se relacionavam com os jovens havia alguns anos. Os rapazes costumavam passar duas ou três noites por semana no Boogie-Woogie.




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