Esportes Titulo Netuninho
Água Santa pode ser excluído das cinco próximas copinhas

Regulamento prevê punição em caso de distúrbio em
campo; presidente e lateral-direito agrediram auxiliar

Por Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
17/01/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Depois de disputar apenas duas edições da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o Água Santa pode se ver em um futuro próximo sem poder jogar a competição. Isso porque o regulamento prevê que, em caso de distúrbio no campo de jogo, a equipe pode ser excluída das cinco copinhas seguintes. Na sexta-feira, o árbitro Camilo Zarpelão relatou na súmula agressões do presidente Paulo Sirqueira e do lateral-direito Genilson ao assistente Luis Felipe Prado Silva na partida contra o Juventude, no Estádio Inamar, após a invalidação de um gol do Netuninho – o juiz reconsiderou e confirmou o tento.

Além disso, o clube pode ser punido pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) e ser prejudicado na Série A-2. De acordo com o CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), o Netuno pode ser enquadrado no artigo 213, que rege sobre falha de prevenção de invasão de campo, acarretando multa de até R$ 100 mil e perda de até dez mandos de campo.

Já o mandatário e o atleta podem pegar gancho pesado caso sejam condenados no artigo 254-A, sobre agressão. O parágrafo terceiro diz que se a ação é praticada contra a arbitragem, a pena mínima é de 180 dias. Assim, o atleta estaria fora da Série A-2, e o presidente, impedido de representar o clube durante a competição.

O Diário questionou a FPF (Federação Paulista de Futebol) sobre o fato, e a entidade respondeu que “o caso específico ocorrido em Diadema foi relatado em súmula” e será avaliado pelo comitê disciplinar do TJD, de acordo com o CBJD.

Foi uma covardia a agressão, afirma sindicato de árbitros

Arthur Alves Júnior, presidente do Safesp (Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo), publicou ontem nas redes sociais uma nota de repúdio à agressão sofrida pelo auxiliar Luis Felipe Prado Silva na partida entre Água Santa e Juventude. Ele cobrou da FPF e do TJD “providências enérgicas” contra Paulo Sirqueira, presidente do Netuno.

“Não é possível que tais fatos continuem acontecendo e ninguém faça nada. Não posso, como presidente de entidade de classe, ficar calado ou deixar de tomar uma atitude mais dura. Vou pedir punição a este cidadão (Sirqueira) que agrediu nosso associado. Isso não pode ficar impune”, afirmou Júnior.

“Foi uma covardia a agressão. O departamento jurídico do sindicato está à disposição para dar total apoio ao associado Luis Felipe Prado Silva. Nunca abandonamos um associado e não vai ser desta vez que vamos fazê-lo, independente de qual clube seja o responsável pela agressão. Não temos medo de nada. Vamos até a última instância para cobrar punição ao agressor”, completou o dirigente do sindicato.




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